Instalado o aumento do custo de vida, com os preços em subida constante, depois de pagas as despesas com o empréstimo ou a renda de casa, a água, a luz, o gás e a alimentação, a ida à farmácia está a tornar-se um quebra-cabeças? À hora de aviar a receita, o utente vê-se na contingência de ter que deixar de levar para casa medicamentos essenciais?

Neste Natal a escolha do presente altruísta recaiu sobre a APPACDM de Elvas. O espírito de partilha inerente à quadra coloca-nos na posição e outorga-nos o privilégio de revelar o trabalho meritório que uma equipa de cerca de 90 profissionais desenvolve ao serviço da diferença.

Hanna, Ina, Steven, Mandy e Peter são cidadãos estrangeiros qualificados que dão corpo à mais recente vaga de nómadas digitais e que este ano decidiram trabalhar para outros pontos do mundo a partir de Elvas.

Entre aspectos positivos e outros menos bons, chegou ao fim mais uma edição das Festas em Honra do Senhor Jesus da Piedade, a primeira após a pandemia de Covid-19.

A construção civil é um dos sectores em que fugir ao calor é missão praticamente impossível. Nesta como noutras profissões, como por exemplo agricultores, varredores do lixo, jardineiros ou carteiros, entre outros, as sombras tendem a ser refúgio sempre que possível, mas na maioria dos casos é uma tarefa à qual não há como escapar das altas temperaturas.

As trotinetes eléctricas vieram para ficar e parecem ser uma boa alternativa para quem quer deixar de lado o carro para fazer trajectos curtos. Mas numa cidade como Elvas, onde não existe uma rede de transportes públicos, excepção feita aos táxis, pode, ou não, a trotinete ou mesmo a bicicleta eléctrica ser uma opção válida? A reposta é sim e não, dependendo dos trajectos a realizar.

Comprar no mercado pode ser uma opção para sobreviver à escalada dos preços, mas esta é também uma luta difícil de escapar aos produtores e a quem tenta fazer render o negócio. Se a tensão se faz sentir na carteira dos consumidores é difícil inverter a lógica do lado do vendedor.

O elvense José Mário Almeida tornou-se conhecido pela ligação ao mundo equestre, onde somou vitórias, chegando a sagrar-se Campeão Nacional de Raides, e a representar Portugal no campeonato da Europa e do Mundo.

Gueto, favela, ponto negro. Os três epítetos andam pelo imaginário dos elvenses quando se fala no Bairro das Pias. E dizemos "imaginário" porque é a suposição que a maior parte das vezes está na raiz da análise que se faz àquele espaço integralmente habitado pela etnia cigana. Um local tido como um antro tenebroso, um "sítio onde judas perdeu as botas" e onde parece provável que se perca a cabeça, por decapitação, se houver o atrevimento de lá entrar. Como nos compete ver para contar, ignorámos todos os mitos e os receios e passámos lá uma manhã inteira. Voltámos com a cabeça intacta. Facto que nos permite relatar a experiência surpreendente que tivemos.

Durante a reportagem encontrámos um grupo de adolescentes a celebrar um aniversário, um casal que esteve, pela primeira vez pós-pandemia, nas piscinas de Elvas com o filho menor e jovens espanhóis que preferem a calma e pacatez de uma cidade como a alentejana para fazer frente ao tempo quente durante o Verão.