Os dias têm acordado cinzentos, as ruas estão silenciosas, e as noites chegam introspectivas.
Os dias têm acordado cinzentos, as ruas estão silenciosas, e as noites chegam introspectivas.
Há um momento curioso na viagem do autocarro 744, em Lisboa.
Esqueci-me de tudo e não me lembro de nada. Mas também não o quero.
Acordo, ainda meia estonteada, e com os olhos semicerrados procuro ansiosamente, na mesinha de cabeceira, o telemóvel. Depois, só depois de ver as novidades nas redes sociais, ligo a luz do quarto, essa agressividade matinal para a vista e, forçada pela consciência, verifico as horas. Logo de seguida, de forma muito repentina, ocorre-me que o dia tem mesmo de começar. Com o corpo pesado, a cabeça a latejar, os passos finalmente são dados para cumprir com a rotina diária.
O Natal não é quando o Homem quiser, é quando o coração precisa e corações apressados não sentem magia. Que saibamos sempre que o que perdura é aquilo que se sente, não o que se compra.
Quero com isto dizer que vamos de borracha em punho, direitinhos à página em que estamos, apagamos o último número do ano e escrevemos o número que se segue.
A sociedade já não sabe o que significa viver em grupo e ser grupo implica existir bidirecionalidades
A Sé de Elvas, durante a manhã de domingo, contemplou de frente uma moldura de carros clássicos de várias cores da época, de vários anos e com várias histórias acumuladas
No meio de tanto que já se disse e escreveu sobre as Jornadas Mundiais da Juventude em Lisboa, chegou a minha vez de deixar mais uma reflexão. Não sei se será uma nova reflexão, mas uma certeza tenho: será num ângulo diferente e com um sentimento muito único e que só a mim diz respeito.
A vida só é vida depois de se atribuírem significados às coisas.