A Distrital de Portalegre do PSD interpreta a visita da ministra da Agricultura, Maria do Céu Antunes, na cerimónia de entrega do Projeto de Infraestruturas Hidráulicas do Regadio do Empreendimento de Fins Múltiplos de Crato, “um misto de propaganda e provocação”.
Em comunicado enviado à redacção do Linhas de Elvas, o presidente da Comissão Política Distrital de Portalegre do PSD, Rogério Silva, interpreta esta ação da ministra como “um misto de propaganda e provocação”. Segundo os social democratas distritais, “os agricultores do distrito de Portalegre mobilizaram-se na passada quinta feira em grande e visível protesto contra um Ministério da Agricultura apático e com a estranha tendência de desejar a sua própria extinção.
O setor está unido e não se revê na Senhora Ministra da Agricultura”.
Por conseguinte, “ter e manter uma Ministra da Agricultura que não gosta dos agricultores e que faz questão de esvaziar a própria pasta é caricato. Mas, na sequência dos protestos, a Senhora Ministra tinha a oportunidade de vir anunciar que não ia deixar extinguir as Direções Regionais de Agricultura ou até podia nomear o Secretário de Estado da Agricultura. Pasme-se, a reação da Senhora Ministra da Agricultura a estes protestos em Portalegre foi inventar apressadamente uma cerimónia de entrega do projeto de infraestruturas de rega da Barragem do Pisão”, ironisa o PSD.
“A estratégia do Governo para dizer que afinal tem Ministra da Agricultura e assim responder aos agricultores do distrito de Portalegre é promover, pela enésima vez, uma cerimónia a anunciar a Barragem do Pisão, descredibilizando o projeto e menorizando o esforço dos todos os que têm contribuído para a sua concretização”, criticam.
A Distrital de Portalegre do PSD refere ainda que “a melhor propaganda que o Senhor Primeiro Ministro podia fazer como resposta aos protestos dos agricultores seria dar-lhes razão e demitir a Senhora Ministra da Agricultura quanto antes. Exige-se respeito pelos agricultores portugueses e, se não for pedir muito, exige-se respeito pelos norte alentejanos”.
