Em causa “graves prejuízos” causados pelo vírus da língua azul nas explorações de ovinos no Alentejo
Em causa “graves prejuízos” causados pelo vírus da língua azul nas explorações de ovinos no Alentejo
Nas vésperas da Páscoa, época em que a carne de borrego é mais procurada para consumo, o preço dos animais disparou para valores nunca antes vistos, devido à diminuição dos rebanhos provocada pela doença da língua azul.
Organizações de agricultores do Alentejo consideraram hoje bem-vindos os novos apoios aprovados pelo Governo para fazer face aos prejuízos provocados pela doença da língua azul, ainda que as medidas fiquem aquém do necessário.
A Federação das Associações de Agricultores do Baixo Alentejo (FAABA) reivindicou na quinta-feira, dia 13 de Fevereiro, para os produtores portugueses um apoio idêntico ao que estará a ser preparado por Espanha para fazer face aos prejuízos provocados pela língua azul.
O presidente da Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP), Álvaro Mendonça e Moura, pediu hoje ao Governo para definir com rapidez as estratégias para combater a língua azul e distribuir vacinas contra a doença.
O presidente da Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP) exigiu hoje que a medida anunciada pelo Governo para compensar os produtores que perderam efetivos por causa do surto de língua azul cubra “a totalidade do prejuízo”.
A movimentação de animais de Portugal para Espanha é permitida, independentemente da origem da exploração, avançou a Direção-Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV) num esclarecimento a propósito da língua azul.
A Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP) pediu hoje ao Governo a revisão dos critérios para a compensação dos produtores afetados pelo surto da língua azul, considerando que o método de cálculo exclui a maioria do acesso ao apoio.
A Assembleia da República recomendou ao Governo que realize, com urgência, uma campanha obrigatória de vacinação dos ovinos contra o serotipo três da língua azul.
O vírus da língua azul já matou mais de 37.000 ovinos e afetou 1.800 explorações, num total de 118.607 infetados, segundo dados da Direção-Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV) enviados à Lusa.