Um projecto liderado pela Universidade de Évora (UE), com financiamento superior a dois milhões de euros pelo Programa LIFE, pretende melhorar o estado de conservação dos zimbrais existentes nas dunas costeiras em Portugal, foi hoje revelado.
O Projecto Zimbral for LIFE, liderado pelo MED – Instituto Mediterrâneo para a Agricultura, Ambiente e Desenvolvimento da UE, foi contemplado com um financiamento “superior a dois milhões de euros para preservar os zimbrais dunares”, através do Programa LIFE – Nature and Biodiversity.
Em comunicado enviado hoje à agência Lusa, a Universidade de Évora indicou que a iniciativa reúne especialistas de cinco instituições portuguesas e espanholas, sendo coordenado na academia alentejana pela investigadora do MED Catarina Meireles, em colaboração com a investigadora Cristina Baião e o professor Carlos Pinto Gomes.
Um dos objetivos do projeto, que arrancou no passado mês de outubro e vai ser desenvolvido nos próximos seis anos, é o de “colmatar as lacunas no conhecimento sobre a biologia e ecologia” das plantas de zimbro, nome popularmente dado à espécie Juniperus spp.
Testar e avaliar práticas de gestão, diminuir o impacto das principais ameaças, melhorar a estrutura e função, aumentar a área de ocorrência destas plantas e, igualmente, elaborar um Plano Nacional de Conservação para este habitat são os outros objetivos do projeto.
O zimbro existe “em várias zonas de matagais litorais e dunares na costa atlântica portuguesa”, nomeadamente a sul da Figueira da Foz, em Peniche, Sintra, Tróia e Costa Vicentina, “formando comunidades arbustivas que são cada vez mais raras e ameaçadas”, realçou a UE.
“As alterações do uso do solo, nomeadamente a pressão urbanística e turística, ou a propagação de espécies exóticas invasoras, como as acácias e o chorão-das-praias, têm ameaçado os zimbrais portugueses”, que já são considerados “um habitat prioritário para a conservação dentro da Rede Natura 2000”, alertou a instituição.
O interesse na preservação desta vegetação, “além do seu elevado valor intrínseco”, está ligado ao facto de ser “uma espécie endémica com um elevado valor de conservação”.
Constitui ainda o habitat de alimentação, refúgio e reprodução de insetos, aves, répteis e anfíbios, bem como fauna vertebrada terrestre associada às dunas, explicou a universidade.
Do financiamento total para o Projeto Zimbral for LIFE de quase 2,084 milhões de euros, cerca de 1,44 milhões destinam-se à UE, que se vai centrar em ações concretas de conservação e restauro de habitats em três Zonas Especiais de Conservação: Comporta/Galé, Costa Sudoeste e Ria Formosa/Castro Marim, precisou a universidade alentejana.
O Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), a Associação de Desenvolvimento da Natureza e Ambiente – Rewilding Sudoeste (RWSW), a empresa de consultoria especializada em biodiversidade, ecologia, ambiente e recursos naturais FloraData e o Centro de Investigação Científica e Tecnológica da Estremadura espanhola também colaboram no projeto.
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