Uma das principais entradas de Estremoz vai ser encerrada temporariamente ao trânsito, na quarta-feira, para garantir a segurança, após ser sinalizado o risco de derrocada do talude de uma pedreira próxima, revelou o autarca local.
O trânsito vai ser cortado num troço “de aproximadamente 300 metros” da Avenida de Santo António, que faz a ligação entre a Estrada Nacional 4 (EN4) e o centro da cidade, explicou à agência Lusa o presidente da Câmara de Estremoz, José Daniel Sádio.
Segundo o autarca, que deu hoje uma conferência de imprensa para prestar esclarecimentos obre esta matéria, a estrada “vai ser cortada durante o dia de quarta-feira” e, nesta primeira fase, de forma temporária.
“O troço é fechado agora, mas vai ser reaberto em meados de setembro”, após ser construído “um desvio, a cerca de 30 metros” da estrada atual, que vai “repor a segurança” dos automobilistas, indicou.
Já “a médio prazo”, o objetivo é fechar definitivamente este acesso à cidade, através da construção de “uma nova ligação da EN4 a Estremoz, com o prolongamento da Avenida Rainha Santa Isabel”, explicou à Lusa José Daniel Sádio.
“A câmara está a ultimar os procedimentos para lançar o concurso relativo ao projeto de execução dessa nova ligação”, referiu.
Em 23 de junho, em declarações à Lusa, o presidente da autarquia revelou a decisão de proceder ao fecho ao trânsito do troço da Avenida de Santo António, embora na altura não tenha avançado a data concreta do encerramento.
Segundo o autarca, a decisão foi tomada na sequência de um estudo do Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC), que recomendou o fecho deste troço da via, que “confina com o talude” de uma pedreira. 
“Desde 2019 que estão sinalizados riscos de desmoronamento do talude e tínhamos uma informação interna que recomendava, com urgência”, a reavaliação da situação e “a elaboração de um estudo hidrogeológico”, indicou.
As conclusões dessa reavaliação feita pelo LNEC “foram muito claras” e referem que “se deve encerrar aquele troço no mais curto espaço de tempo possível”, por “risco de derrocada do talude”.
“Não há uma derrocada iminente, porque o maciço não apresenta questões aparentemente de risco, mas pode haver fenómenos extremos, que tenham a ver com sismos ou chuvas torrenciais, e, de um momento para o outro, podem levar à derrocada”, afirmou.
Estes riscos, insistiu o autarca, que está a cumprir o seu primeiro mandato, “são conhecidos desde 2019”, mas, como a câmara é a proprietária da pedreira, desde 2021, cabe-lhe “resolver agora o problema”, com o corte da via e desvio do trânsito, articulados com diversas entidades, e futuro aterro dessa mesma pedreira.
“Estamos a realizar um estudo hidrogeológico” para, dentro de alguns meses, “depois de se perceber o ciclo da água e de onde vem e para onde vai” a que se encontra no interior da pedreira, “se proceder, em segurança, ao aterro” dessa infraestrutura, explicou também o autarca.
Esta operação vai ser efetuada “a médio prazo”, tal como recomendado pelo LNEC, que sugeriu o aterro da pedreira dentro de “um a cinco anos”, acrescentou.

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