Quase duas mil azinheiras foram abatidas e mais de mil foram alvo de podas mal executadas no concelho de Monforte, numa área aproximada de 42 hectares, revelou a GNR, que remeteu os factos para tribunal.
O Comando Territorial de Portalegre da GNR explica, em comunicado, que, no dia 24 de Fevereiro, militares do Núcleo de Protecção Ambiental (NPA) de Elvas detectaram “o corte rente e a poda mal executada de cerca de 3.000 azinheiras, no concelho de Monforte”.
Durante uma acção de patrulhamento de protecção florestal, a GNR verificou, numa área de aproximadamente 42 hectares, o “corte rente de 1.939 azinheiras” e as podas mal executadas de “1.058 azinheiras”, indicando que todas estas árvores se encontravam “em bom estado vegetativo”.
“No decorrer das diligências policiais, foi solicitada a colaboração do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) para avaliar o impacto no ecossistema e a destruição do estado vegetativo das árvores, tendo sido elaborado um auto de contraordenação por falta de autorização do corte de azinheiras adultas e de poda mal executada”, pode ler-se no comunicado da Guarda.
A GNR elaborou ainda um auto de notícia por danos contra a natureza, tendo os factos sido remetidos para o Tribunal de Portalegre.
Fonte da GNR disse à Lusa que está a investigar este caso, “não tendo certezas” quanto aos motivos que provocaram esta situação.
No comunicado, a GNR recorda que o corte ou arranque de azinheiras e sobreiros, em povoamento ou isolados, “carece de autorização prévia”, uma vez que “estas espécies incluem alguns dos biótopos mais importantes em Portugal continental em termos de conservação da natureza”.
A GNR sublinha ainda que estas árvores desempenham “uma importante função” na conservação do solo, na regularização do ciclo hidrológico e na qualidade da água.
“Têm ainda um elevado interesse económico a nível local, desempenhando um papel fundamental na produção animal, nomeadamente destinada a produtos tradicionais”, frisou a Guarda.

HYT // RRL
Lusa

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