O sistema informático dos tribunais já está operacional, revelou o Ministério da Justiça perto das 17:00, depois de a plataforma Citius ter estado hoje indisponível, provocando o adiamento de julgamentos e diligências.
Em comunicado, o gabinete da ministra Catarina Sarmento e Castro assegurou que “os problemas de comunicação que afetaram a rede da Justiça, durante a manhã e o início da tarde desta terça-feira, já foram superados, tendo sido retomado na totalidade o normal funcionamento dos serviços”.
De acordo com o Ministério da Justiça, o problema “foi provocado por uma interrupção num circuito de um operador de comunicações” ligado a um centro de dados em Évora, devido a uma “intervenção externa” associada a uma “obra em curso” naquele local.
“Não se tratou de um problema interno dos sistemas da Justiça, mas ao nível da infraestrutura do operador de comunicações. O Ministério da Justiça, através do Instituto de Gestão Financeira e Equipamentos da Justiça (IGFEJ), acompanhou de forma permanente esta situação no sentido de assegurar a rápida reposição das comunicações”, referiu ainda o Ministério.
Os tribunais estiveram parados desde o início da manhã em todo o país devido a uma falha do sistema informático Citius. Segundo o Sindicato de Funcionários Judiciais (SFJ), o problema verificava-se “de norte a sul” e registava-se desde as 09:00, de acordo a secretária regional de Lisboa do SFJ, Regina Soares.
“Já houve muitos adiamentos. Na Instrução Criminal de Sintra já foi tudo adiado, no Juízo Central Criminal de Almada também houve adiamentos e no Juízo Local Criminal de Lisboa registaram-se pelo menos cinco adiamentos”, acrescentou a dirigente sindical.
O Sindicato dos Oficiais de Justiça, através do seu presidente, Carlos Almeida, reconheceu igualmente a paralisação da atividade nos tribunais devido à questão informática, depois de os primeiros dois dias após o final das férias judiciais já terem sido de constrangimentos por causa das greves dos funcionários judiciais: “Isto não resulta da ação dos trabalhadores, resulta do Governo, que, ao não investir, permite isto”.

JGO // ZO
Lusa

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