O Sindicato Independente dos Médicos (SIM) avançou hoje que, segundo “indicações muito iniciais”, a adesão à greve destes profissionais nos Açores, Alentejo e Algarve, que teve início às 00:00, é de cerca de 85%.
“As indicações que temos muito inicias é que [a adesão] será acima dos 85%”, disse o secretário-geral do SIM, Jorge Roque da Cunha”, num primeiro ponto de situação feito esta manhã junto ao Hospital de Faro.
Médicos que exercem funções nos Açores, Alentejo e Algarve iniciam hoje uma greve de dois dias convocada pelo SIM para exigir do Governo uma resposta efetiva ao caderno reivindicativo sindical.
Jorge Roque da Cunha adiantou ainda que o único bloco operatório que está a funcionar é de médicos prestadores de serviço, que se encontra em Faro.
Por outro lado, o responsável do SIM “garantiu” que todos os blocos que estão adstritos aos serviços de urgência “naturalmente estão a funcionar”.
Para Jorge Roque da Cunha, “o grande responsável” desta greve é o Governo, porque, apesar de o SIM durante um ano e três meses tudo ter feito para a evitar, não teve outra “hipótese”, reconhecendo que esta ação causa “grandessíssimas perturbações”.
“Tentámos neutralizar, de alguma maneira, com estas greves regionais, não afetando toda a gente, mas queremos que o Governo aplique os nossos impostos naquilo que deve fazer e diz que o faz na prática, que é no nosso Serviço Nacional de Saúde (SNS)”
A greve regional convocada pelo SIM, que teve início às 00:00 de hoje e termina às 24:00 de quarta-feira, implica “a paralisação total e com ausência dos locais de trabalho” dos médicos que trabalham nos estabelecimentos de saúde na Região Autónoma dos Açores, na área da Administração Regional de Saúde do Alentejo e na área da Administração Regional de Saúde do Algarve.
O SIM adianta no pré-aviso de greve que a “luta dos trabalhadores médicos visa fazer com que o Governo dê uma resposta efetiva ao caderno reivindicativo sindical”.
Os médicos reivindicam também “o urgente encerramento da atividade da mesa negocial constituída entre o Governo e o SIM, e que, especifica e prioritariamente, seja apresentada pelos ministros das Finanças e da Saúde uma proposta de Grelha Salarial que reponha a carreira das perdas acumuladas por força da erosão inflacionista da última década e que posicione com honra e justiça toda a classe médica, incluindo os médicos internos, na Tabela Remuneratória Única da função pública”.

FPB // SB
Lusa

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