O ex-director do Museu da Presidência, o portalegrense Diogo Gaspar, foi hoje condenado a seis anos e seis meses de prisão efectiva, no âmbito do processo “Operação Cavaleiro”, tendo o tribunal aplicado penas suspensas aos restantes três arguidos, noticiou a RTP.

De acordo com a estação televisiva, na leitura do acórdão, realizada no Juízo Central Criminal de Lisboa, o juiz considerou provados os crimes de peculato, participação económica em negócio, abuso de poder, falsificação de documentos e tráfico de influência para o antigo director do Museu.

“Foi o senhor que basicamente conseguiu montar o Museu da Presidência. Era uma pessoa digna de confiança, pelo que tinha uma relação muito estreita com os Presidentes da República. E traiu essa confiança, porque quis ter mais do que aquilo que podia ter. Isso levou-o a durante vários anos, no âmbito de várias atividades, vários negócios, a tentar sempre [ver] onde é que havia oportunidade de ganhar mais alguma coisa, directa ou indirectamente”, afirmou o juiz Luís Ribeiro.

O processo “Operação Cavaleiro” tem quatro arguidos – Diogo Gaspar, José Dias, Paulo Duarte e Vítor Santos -, a quem foram imputados 42 crimes, entre os quais abuso de poder, participação económica em negócio, tráfico de influências, falsificação de documentos, peculato e branqueamento de capitais.

A investigação, que ficou a cargo do Departamento de Investigação e Acção Penal (DIAP) de Lisboa, teve início em Abril de 2015, na sequência de uma denúncia anónima.

Entretanto, o advogado do ex-director do Museu da Presidência, Raul Soares da Veiga, adiantou que vai recorrer da condenação de seis anos e seis meses de prisão aplicada a Diogo Gaspar no âmbito do processo “Operação Cavaleiro”.

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