O presidente da Câmara de Monforte, Gonçalo Lagem estimou hoje prejuízos “na ordem dos seis a oito milhões de euros” no seu concelho devido ao mau tempo, sem contabilizar os danos no setor agrícola, “o mais afetado”.
Contactado pela agência Lusa, o autarca explicou que, da parte do setor público, o valor dos prejuízos situa-se “entre os seis a oito milhões de euros”, valor necessário para a recuperação de estradas, muros, caminhos, entre outras obras.
“No que diz respeito aos prejuízos que tiveram os agricultores, esses valores ainda não estão calculados”, disse o presidente do município, realçando que essa deverá ser “a grande fatia” dos danos.
O concelho de Monforte “foi bastante fustigado na parte do campo, com as ribeiras a levar cercas e a arrastar estações de bombagem”, indicou, referindo também que os agricultores perderam animais e que há “barragens que colapsaram e olivais submersos”.
De acordo com o autarca, “até ao final do dia de hoje” esses valores vão ser contabilizados pelos agricultores junto da autarquia.
A chuva intensa e persistente que caiu na madrugada de terça-feira causou mais de 3.000 ocorrências, entre alagamentos, inundações, quedas de árvores e cortes de estradas, afetando sobretudo os distritos de Lisboa, Setúbal, Portalegre e Santarém.
No total, há registo de 83 desalojados, segundo a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), e o mau tempo levou também ao corte e condicionamento de estradas e linhas ferroviárias, que têm vindo a ser restabelecidas.
Na zona de Lisboa a intempérie causou condicionamentos de trânsito nos acessos à cidade, situação que está regularizada na maior parte dos casos.
 Em Campo Maior, no distrito de Portalegre, a zona baixa da vila ficou alagada e várias casas foram inundadas, algumas com água até ao teto.
Segundo a ANEPC, estão “cinco planos municipais de emergência ativos”, quatro no distrito de Portalegre e um em Santarém, mantendo-se em estado de alerta amarelo os planos especiais de emergência para as bacias dos rios Tejo e Douro devido ao risco de cheias.

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