A Águas do Alto Alentejo (AAA) asseverou que os consumidores dos dez municípios servidos pela empresa pagam a “água mais barata” do distrito de Portalegre, apesar do aumento médio de cerca de 4 euros, para os 10 m3 de consumo doméstico, aplicado nas facturas a partir do dia 1 de Julho.

De acordo com os dados fornecidos pela AAA a tarifa doméstica, até 10 metros cúbicos/mês, praticada pela empresa, que serve os concelhos de Alter do Chão, Arronches, Castelo de Vide, Crato, Fronteira, Gavião, Marvão, Nisa, Ponte de Sor e Sousel, é de 21,1250 euros.

Este valor é inferior em 2,49 euros ao cobrado pela Aquaelvas- Águas de Elvas, e menos 2,64 euros do que o praticado pela Aquamaior-Águas de Campo Maior. A tarifa doméstica mais cara do Alto Alentejo é praticada pelos Serviços Municipalizados de Águas e Transportes (SMAT) de Portalegre que cobram mais 3.08 euros do que a AAA.

A AAA decidiu tornar públicos os valores praticados pelas empresas fornecedoras de água em baixa no distrito de Portalegre depois da DORPOR do PCP ter denunciado a existência de relatos de “aumentos mínimos de 100 por cento”, cobrados pela empresa na factura da água.

Os comunistas referem que “os consumidores estão, na prática, a pagar duas vezes o mesmo serviço, através dos tarifários aumentados e criados para suprir gastos de funcionamento de um sistema empresarial deficiente e incompetente”.

Em comunicado enviado ao jornal Linhas de Elvas a AAA começa por dizer que “as entidades (nas quais se incluem os municípios) que efectuam a gestão da água e do saneamento em Portugal, estão legalmente obrigadas a equilibrar os encargos de gestão com os proveitos obtidos por via tarifária”, acrescentando que a Águas do Alto Alentejo “não tem por objecto gerar lucro”.

No mesmo comunicado a empresa, que entrou em funcionamento a 1 de Julho de 2022, garante ainda estar a “trabalhar afincadamente no intuito de resolver as questões operacionais que têm sido colocadas nesta fase de arranque”, com é exemplo “a questão das estimativas”.

Sobre a utilização de estimativas, a AAA assegura que “o consumidor final não é prejudicado, uma vez que, na primeira factura com leitura real, após um ou vários períodos estimados, os valores cobrados na tarifa variável, serão devolvidos na íntegra e os escalões de consumo recalculados em função dos dias decorridos entre as leituras reais, dando origem a uma redistribuição dos m3 pelos diferentes escalões”.

A empresa garante ainda que continuará a disponibilizar o serviço de leitura mensal, com recurso a funcionários destacados para esse efeito, podendo, também os consumidores que assim entendam comunicar as respectivas leituras, com recurso aos meios disponibilizados para o efeito. Apenas se extinguiram os serviços de cobrança porta a porta, passando o pagamento das facturas a ser efectuado de forma similar ao de outras facturas, como por exemplo a da electricidade, com recurso a uma referência multibanco, lojas Payshop, postos CTT, juntas de freguesia e locais de atendimento da AAA. Os débitos directos mantiveram-se válidos.

Carregar mais artigos relacionados
Carregar mais artigos por Redacção
Carregar mais artigos em Actual

Veja também

Emergência em Vila Viçosa exige transporte aéreo para Lisboa

Hoje, pelas 12h49, os Bombeiros de Vila Viçosa foram acionados pelo CODU para prestar auxí…