Na última Assembleia Municipal de Elvas, o presidente da Câmara, Rondão Almeida, anunciou um projecto em curso para a expansão da Plataforma Logística do Sudoeste Ibérico, abrangendo uma área de 160 hectares da Herdade da Comenda.

Durante a sessão, o autarca, eleito pelo Movimento Cívico Por Elvas, mencionou que a ministra das Infraestruturas indicou ao vereador, Hermenegildo Rodrigues, a provável viabilidade do projecto, mas expressou incerteza devido às próximas eleições.

Contudo, Henrique Ruivo, presidente da Comissão Política Concelhia do PSD de Elvas e que se encontrava a assistir no público, trouxe à tona várias questões. O social democrata, enquanto elvense, questionou o motivo pelo qual o projeto para a Herdade da Comenda só agora ganha destaque, após décadas de espera. Além disso, indagou se a ministra das Infraestruturas havia dado o seu parecer antes ou depois de sua demissão.

As respostas ou “a falta delas”, como menciona o PSD em comunicado, referindo-se ao presidente de Câmara, geraram insatisfação. Henrique Ruivo quis “usar novamente a palavra” ao tentar esclarecer as questões levantadas, mas viu negado o direito de se expressar, pela segunda vez, na Assembleia Municipal, uma cena que foi amplamente “testemunhada pelos presentes”, como indica o PSD.

O comunicado na íntegra:

“Na última Assembleia Municipal de Elvas,  o Presidente de Câmara de Elvas, Rondão Almeida, informou a Assembleia do projeto que está em curso de 160 hectares da Herdade da Comenda. O objetivo? Ampliar a Plataforma Logística do Sudoeste Ibérico.

O Presidente de Câmara, informou também que a Sra. Ministra das Infraestruturas transmitiu ao Sr. Vereador, Hermenegildo Rodrigues, ” que o projeto seria certamente viabilizado. Mas, visto que vai haver eleições, não sabemos o que fará o próximo governo.?”.

Na Assembleia, Henrique Ruivo, como Elvense, pediu a palavra e iniciou o seu diálogo informando a Assembleia do seguinte: como Elvense, ficou feliz em ouvir falar num projeto para Elvas como este da Herdade da Comenda. Mas, mas,: “Porque 30 anos de espera? Porque só agora a Herdade da Comenda ganha protagonismo? E durante estas décadas  houve sucessivos governos favoráveis à cor partidária dos executivos camarários e nada foi feito? E agora remete-se a responsabilidade da execução para o próximo governo!?  A sra. ministra deu o seu parecer favorável por escrito? E foi antes ou depois de estar demissionária? .” As respostas, ou a falta delas, o presidente de câmara, limitou-se que não concordava, pois a obra está à vista. Henrique Ruivo, quis usar novamente da palavra, para comunicar ao Sr. Presidente que ele não tinha respondido ao que se tinha perguntado.

Ele, que se apresentou como elvense, viu-se confrontado com a negação da palavra na Assembleia. A Presidente da Mesa, condicionada pelo Presidente, abanou a cabeça em sinal de negação. Um espetáculo digno de nota, testemunhado por todos os presentes.

Desde quando um militante de um partido, deixa de ser CIDADÃO? neste caso ELVENSE? , com muito orgulho. Ao que isto já chegou! Isto não é próprio de uma democracia! Até parece que estamos na Venezuela.

A política sem risco é uma chatice, mas sem ética é uma vergonha (Francisco Sá Carneiro).
SEMPRE POR ELVAS     
A Comissão Política Concelhia do PSD Elvas”

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