A Comunidade Intermunicipal do Alto Alentejo (CIMAA) revelou hoje que conta este ano com o “maior orçamento de sempre” da história da instituição, num valor de 49,6 milhões de euros, para fazer face a “novas responsabilidades”.
Em resposta a um conjunto de questões colocado pela agência Lusa sobre as ações a desenvolver este ano, o presidente da CIMAA, Hugo Hilário, disse que o orçamento para 2024 é o “maior orçamento de sempre da história desta instituição”.
E o documento, aprovado em dezembro passado, “espelha a dimensão e a importância das novas responsabilidades” que aquela instituição tem vindo a assumir nos últimos tempos, acrescentou o mesmo responsável.
Para sustentar esta questão, a CIMAA, que congrega os 15 municípios do distrito de Portalegre, recordou que, em 2023, contou com um orçamento de cerca de 12,4 milhões de euros, pelo que o deste ano representa uma subida de 37,2 milhões.
Este ano, o orçamento prevê um total de despesas de capital que ultrapassam os 43,4 milhões de euros e, em receitas correntes, ascende a 6,1 milhões.
Do plano de ação para 2024, destaca-se o Empreendimento Hidráulico de Fins Múltiplos do Crato, mais conhecido como a Barragem do Pisão, no concelho de Crato, que “conhecerá avanços no terreno”, segundo a CIMAA.
“Um projeto que inicialmente previa um valor de 120 milhões de euros, mas que recebeu um reforço financeiro devido à inflação e, agora, se torna num investimento de 141,2 milhões de euros”, disse a comunidade intermunicipal, na resposta enviada à Lusa.
 A CIMAA, responsável pelo projeto da barragem, lembrou que o concurso público internacional para a obra já se encontra a decorrer, tal como os processos de expropriação.
“Estamos a dar passos sólidos no bom caminho, sempre com a certeza de que um projeto destas dimensões requer a nossa permanente atenção e dedicação”, assinalou Hugo Hilário.
Esta comunidade intermunicipal pretende também, este ano, efetuar “um reforço” do mapa de pessoal e da nova estrutura orgânica da instituição para “dar resposta aos novos compromissos assumidos”, mas também um investimento na Modernização Administrativa e nas Tecnologias de Informação (TIC).
Nos transportes, segundo a CIMAA, “o foco” de investimento recai no Serviço de Mobilidade e Transportes Públicos Intermunicipal, “consolidando o papel” da comunidade nesta área.
“Com a chegada de um novo quadro comunitário de apoio, o Portugal 2030, serão também preparadas as candidaturas intermunicipais nas mais diferentes áreas, desde a educação, passando pelas alterações climáticas, turismo e até à proteção civil, entre outras”, acrescentou a entidade.
Na área do ambiente, os resíduos, a promoção da adaptação às alterações climáticas e prevenção de riscos “será alvo de atenção especial”, estando neste momento a CIMAA com “novos projetos aprovados” de âmbito europeu.
A instituição disse esperar igualmente adquirir dois novos veículos elétricos para a sua frota, “diminuindo a pegada ecológica da comunidade”.
“A proteção da floresta contra incêndios também não será esquecida, com o contínuo investimento no Gabinete Técnico Florestal, nomeadamente a continuidade da Brigada de Sapadores Florestais”, acrescentou.

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