O organismo que investiga acidentes com aeronaves disse hoje que “não há evidências” de que estivesse autorizada a voar a aeronave que caiu junto à barragem de Montargil, em Ponte de Sor, na sexta-feira.
“Não há evidências de que a aeronave estivesse autorizada a voar, de acordo com os regulamentos nacionais em vigor”, pode ler-se numa nota informativa do Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes com Aeronaves e de Acidentes Ferroviários (GPIAAF).
Segundo a nota, hoje publicada e consultada perla agência Lusa, a aeronave “terá sido recentemente adquirida” e o piloto e proprietário tinha “experiência limitada” na mesma.
O GPIAAF indicou também que o espaço aéreo na zona da pista privada do Monte do Lago, junto da albufeira e onde o aparelho aterrou, “estava condicionado, não sendo permitido” o sobrevoo sem coordenação prévia.
“A tripulação não submeteu plano de voo e não manteve comunicações bilaterais com os serviços de informação de voo em rota ou com o serviço de informação de voo (AFIS) do aeródromo de Ponte de Sor, requisito obrigatório de comunicações e transponder, atendendo ao desenho do espaço aéreo (TRMZ)”, pode ler-se.
Na sequência deste acidente aéreo junto à barragem de Montargil, envolvendo uma aeronave BRM Citius Sport, os dois ocupantes, de 32 e 39 anos, sofreram ferimentos graves.
Ao descrever a ocorrência, o GPIAAF explicou que a aeronave tinha descolado do aeródromo de Alqueidão, no concelho de Azambuja (Lisboa), pelas 09:40, para um voo de posicionamento da aeronave para a Bélgica, com um piloto e um passageiro a bordo.
“A viagem terá sido planeada com várias etapas, tendo o piloto optado por realizar a primeira paragem no aeródromo privado do Monte do Lago”, onde aterrou “pelas 10:05, sem autorização prévia do proprietário do aeródromo”, indicou.
Após indicação do proprietário para “abandonarem” o aeródromo, o piloto e passageiro “iniciaram os preparativos” para a descolagem, abastecendo a aeronave com “combustível adicional transportado na cabine” da aeronave e, “pelas 10:50”, o aparelho foi alinhado na “pista 32”.
Segundo uma testemunha citada pela GPIAAF, a descolagem “foi lenta e a aeronave teve dificuldades em manter as asas niveladas”.
“Segundo declarações de uma outra testemunha, a aeronave precipitou-se logo após ter ganho alguma altitude acima da copa das árvores, iniciando um movimento de descida e colidindo com o solo”, referiu ainda o mesmo organismo.
O GPIAAF, que abriu um processo de investigação de segurança às causas do acidente, frisou que vai “debruçar-se” sobre os procedimentos de carregamento e centragem da aeronave, o treino do piloto na aeronave acidentada e os procedimentos de planeamento operacional do voo.
O funcionamento da aeronave no pré-evento, incluindo a análise ao motor e seus sistemas, as limitações operacionais da aeronave, e o enquadramento regulamentar da operação da aeronave serão as ouras matérias em investigação.
“A investigação de segurança a cargo do GPIAAF visa unicamente identificar os fatores causais e contributivos envolvidos nos acidentes ou incidentes, com vista à eventual emissão de recomendações para prevenção e melhoria da segurança da aviação civil”, explicou.
Após conclusão da investigação e do procedimento de audiência prévia às partes relevantes, o GPIAAF publicará o relatório final.
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