O número de desempregados inscritos nos centros de emprego caiu 3,6% em Maio em termos homólogos, para 285.855, “o valor mais baixo de sempre” nesse mês e 3,2% abaixo de abril, anunciou hoje o Governo.
Segundo um comunicado do Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, “em maio estavam inscritas 285.855 pessoas no IEFP [Instituto do Emprego e Formação Profissional], o que representa uma diminuição de 3,2% (-9.567 pessoas) relativamente ao mês anterior e -3,6% (-10.539 pessoas) comparativamente ao nível observado em maio de 2022”.
Já o número de jovens desempregados inscritos recuou 5,8% (-1.861 pessoas) face ao mês anterior, “atingindo o segundo valor mais baixo de sempre no mês de maio”, mas ficou 1,2% acima (+359 pessoas) de maio de 2022.
Quanto ao desemprego de longa duração (116.729 pessoas), apresentou uma quebra em cadeia de 2,5% (-2.871 pessoas) e recuou 21,8% face a maio de 2022 (-31.784 pessoas).
Entre abril e maio, o desemprego registado diminuiu em cadeia em todas as regiões, com destaque para a redução de 15,9% na região do Algarve. Em termos homólogos, verificaram-se descidas nas regiões Norte, Lisboa e Vale do Tejo e Algarve.
A nível setorial, o ministério reporta descidas em cadeia em todos os setores de atividade económica – agrícola (-8,9%), secundário (-2,2%) e terciário (-3,2%) – e recuos homólogos também em todos, de 0,6%, 1,8% e 2,4% respetivamente.
Segundo o IEFP, o total de 285.855 desempregados registados em maio nos serviços de emprego do continente e regiões autónomas representa 63,0% de um total de 454.052 pedidos de emprego.
Para a diminuição do desemprego registado, face ao mês homólogo de 2022, na variação absoluta, contribuíram, “com destaque”, os grupos dos indivíduos com 25 ou mais anos (-10.898), os que procuram novo emprego (-9.519) e os inscritos há 12 meses ou mais (-31.784).
Em maio, os desempregados inscritos há menos de um ano totalizavam 171.997 (60,2% do total), tendo-se observado um recuo em cadeia de 3,7% (-6.696) e uma subida homóloga de 14,1% (+21.245).
Ao longo do mês em análise, inscreveram-se nos serviços de emprego de todo o país 42.485 desempregados, um número superior ao observado no mesmo mês de 2022 (+5.415, +14,6%) e também em relação a abril (+5.350; +14,4%).
A nível regional, no mês de maio, com exceção do Alentejo (+2,8%) e Centro (+1,0%), o desemprego diminuiu, em termos homólogos, com destaque para as regiões autónomas da Madeira (-28,4%) e dos Açores (-12,8%) e do Algarve (-12,9%).
Já em relação ao mês anterior, as várias regiões apresentaram decréscimos no desemprego, sendo a maior variação na região do Algarve (-15,9%).
Numa desagregação por atividade económica, verifica-se que quase todas registaram descidas homólogas no desemprego, sendo as variações mais significativas registadas, por ordem decrescente, nas “indústrias do papel, impressão e reprodução” (11,5%), “outras atividades de serviços” (-10,0%), “eletricidade, gás e água, saneamento, resíduos e despoluição” (-9,8%) e “atividades financeiras e de seguros” (-9,3%).
Os grupos profissionais mais representativos dos desempregados registados no continente eram em maio os “trabalhadores não qualificados” (27,1%), “trabalhadores dos serviços pessoais, de proteção de segurança e vendedores” (20,1%), “pessoal administrativo” (12,0%) e “especialistas das atividades intelectuais e científicas” (10,2%).
Quanto às ofertas de emprego por satisfazer, no final de maio totalizavam 16.943 nos serviços de emprego de todo o país, número que corresponde a uma diminuição anual (-4.948; -22,6%) e a um aumento face ao mês anterior (+1.475; +9,5%) das ofertas em ficheiro.
Já as ofertas de emprego recebidas em maio totalizaram 12.760 em todo o país, um número inferior ao do mês homólogo de 2022 (-2.467; -16,2%) e superior face ao mês anterior (+3.978; +45,3%).
As atividades económicas com maior expressão nas ofertas de emprego recebidas ao longo deste mês (sendo que neste caso o IEFP considera apenas os dados relativos ao continente) foram, por ordem decrescente, as “atividades imobiliárias, administrativas e dos serviços de apoio” (20,6%), o “alojamento, restauração e similares” (13,0%) e o “comércio por grosso e a retalho” (12,3%).
As colocações realizadas durante o mês de maio totalizaram 8.432 em todo o país, um número inferior ao verificado em igual período de 2022 (-855; -9,2%) e superior ao mês anterior (+785; +10,3%).
A análise das colocações efetuadas, por grupos de profissões (dados do continente), mostra uma maior concentração nos “trabalhadores não qualificados” (32,4%), nos “trabalhadores dos serviços pessoais, de proteção e segurança e vendedores” (20,0%) e no “pessoal administrativo” (11,5%).

PD // CSJ
Lusa

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