O Presidente filipino, Ferdinand Romualdez Marcos Júnior, foi recebido em Pequim pelo Presidente chinês, Xi Jinping, no passado mês de Janeiro. Ambos os Chefes de Estado sublinharam a importância das relações bilaterais, concordaram em manter uma comunicação estratégica regular e chegaram a um consenso sobre o aprofundamento da cooperação prática e o tratamento adequado das questões marítimas.

Esta foi a primeira visita oficial de Marcos a um país fora da ASEAN (Associação de Nações do Sudeste Asiático) desde que tomou posse como Presidente (em Junho do ano passado), sendo o primeiro líder estrangeiro recebido pela China este ano – o que demonstra a proximidade do relacionamento entre os dois países.

Durante as conversações, o Presidente Xi Jinping salientou que a China sempre colocou as Filipinas como uma prioridade na sua diplomacia de vizinhança, considerando estas relações bilaterais numa perspectiva estratégica global. E sublinhou que a China “pretende ser um bom vizinho, disposto a ajudar, um parente próximo e um parceiro de cooperação de benefícios recíprocos”. Na perspectiva da manutenção da paz e prosperidade da Ásia, Xi Jinping afirmou que “quer trabalhar com as Filipinas, e outros países da ASEAN, focado nas cooperações e no desenvolvimento”.

O Presidente Marcos, por seu turno, salientou que a China “é o mais forte dos parceiros das Filipinas e que nada pode impedir a continuação e o desenvolvimento da entre os dois países. Isto transmite ao mundo exterior a vontade da China e das Filipinas de excluir interferências externas e de se comprometerem a aprofundar a amizade tradicional entre ambos”.

A China é o maior parceiro comercial das Filipinas, a maior fonte de importações e o segundo maior destino de exportação. Os dois países estabeleceram quatro áreas-chave de cooperação: agricultura, infraestruturas, energia e cultura. O programa chinês “Uma Faixa, Uma Rota” foi articulado com a iniciativa das Filipinas “Construir mais, construir melhor”, tendo já sido lançados 40 projectos de cooperação. E esta visita do Presidente Marcos à China, com uma grande delegação empresarial, é uma indicação clara da importância que as Filipinas atribuem à expansão da cooperação com a China.

A questão do Mar do Sul da China é um dos focos dos laços sino-filipinos. No encontro, a parte chinesa declarou que espera resolver de forma adequada a questão marítima, por meio de consultas amistosas, e iniciar as negociações sobre o desenvolvimento de petróleo e gás. O Presidente filipino deu uma resposta positiva a este respeito, mostrando que a China e as Filipinas possuem confiança mútua e sabedoria, pelo que são capazes de defender a paz e a estabilidade do Mar do Sul e resolver as divergências através do diálogo. “Esta é uma forte resposta às forças externas, que usam a questão do Mar do Sul da China para incitar a divisão e o confronto na região Ásia-Pacífico”.

Em 1974, aos 17 anos, Marcos acompanhou a mãe na sua primeira visita à China e foi recebido de braços abertos pelos líderes chineses mais velhos. Agora, como Presidente, fez a sua “visita há muito esperada” à China, o que aumentou as expectativas para o desenvolvimento futuro das relações Sino-Filipinas. Há razões para acreditar que, sob a liderança estratégica dos dois chefes de Estado, a China e as Filipinas irão concentrar-se na corrente dominante da amizade e cooperação, lidar adequadamente com as diferenças, e fazer mais realizações práticas de cooperação em benefício dos dois povos, contribuindo assim para a paz e a estabilidade naquela Região.

“Ibéria Universal”

Conteúdo Institucional publicado em parceria com a Associação Portuguesa de Imprensa

Carregar mais artigos relacionados
Carregar mais artigos por Ana Maria Santos
Carregar mais artigos em Destaque Principal

Veja também

BRICS ampliado reforça cooperação para enfrentar desafios globais

Num contexto internacional marcado pelo unilateralismo, pelo protecionismo e por transform…