A indústria automóvel está a atravessar uma grave crise que tem afetado todo o setor, desde os construtores até aos fornecedores de equipamentos e distribuidores. Esta crise, desencadeada pela pandemia da Covid-19, começou por paralisar fábricas e fechar os concessionários. No entanto, hoje, a crise está mais ligada às dificuldades existentes no que toca ao fornecimento de componentes eletrónicos. Uma crise sem precedentes que se traduz na escassez de automóveis.

Neste contexto, a previsão de crescimento do Observador Cetelem Auto 2022 para o sector automóvel para este ano é de 0,14%. Uma previsão sustentada pela expectativa de normalização dos fornecimentos de chips. Assim, se esta ocorresse no final de 2022, o mercado manter-se-ia próximo do seu nível de 2021.

SUV são a aposta do mercado

Para dar a volta à crise, os construtores têm vindo a concentrar-se mais na produção de veículos com margens mais elevadas como é o caso dos SUV.

Este é o tema do estudo global da entidade especialista de crédito ao consumo, com o objetivo de explorar as perspetivas destes veículos nos próximos anos, compreendendo de que forma são percecionados e estão a ser acolhidos pelos consumidores. Um trabalho que inquiriu 11 000 pessoas, de 17 países: África do Sul, Alemanha, Bélgica, Brasil, China, Espanha, Estados Unidos da América, França, Itália, Japão, México, Noruega, Países Baixos, Polónia, Portugal, Reino Unido e Turquia. 

Até então, e apesar da crise no setor automóvel, a trajetória dos SUV têm sido um sucesso. Continuam a aumentar as suas vendas, sendo, no caso português, o formato de carroçaria mais vendido, atingindo uma quota de mercado em Portugal em 2021 na ordem dos 42%, de acordo com a ACAP – mais 25 p.p. quando comparado com 2015, sendo os três SUV mais vendidos o Peugeot 2008, o Renault Captur e o Hyundai Kauai.

O sucesso dos SUV sente-se em todo o mundo. Segundo os dados, apesar de todas as controvérsias existentes em torno destes veículos – como o seu impacto ambiental -, os SUV já são um sucesso global, sendo a escolha de cada vez mais consumidores. Os dados revelam que representam 45% das vendas a nível mundial e 38% na União Europeia, de acordo com federações profissionais e institutos de estatística.

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