Os 20.476 acidentes registados nas estradas portugueses entre Janeiro e Setembro provocaram 284 mortos e 1.491 feridos graves, traduzindo-se num aumento dos desastres e feridos face ao mesmo período de 2020, segundo a Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR).
“Nos primeiros nove meses de 2021 registaram-se 20.476 acidentes com vítimas no continente, dos quais resultaram 284 vítimas mortais ocorridas no local do acidente ou durante o transporte até ao hospital, 1.491 feridos graves e 23.938 feridos leves”, refere o relatório da sinistralidade da ANSR referente ao mês de Setembro.
O documento dá conta que se registou uma redução de 18 mortos em relação ao mesmo período de 2020 (-6,0%), apesar dos aumentos nos números de acidentes e de feridos.
Segundo relatório, registaram-se mais 120 feridos graves (+8,8%), mais 1.109 feridos ligeiros (+4,9%) e mais 878 acidentes.
A ANSR indica também que “no mês de Setembro, com excepção das vítimas mortais que apresentaram uma redução de 6,5%, verificou-se agravamento na evolução dos restantes indicadores, com crescimentos de 9,1% no número de acidentes, de 37,3% nos feridos graves e de 10,3% nos feridos leves”, face ao mesmo mês de 2020.
O número de acidentes nas estradas tem registado um aumento mensalmente desde Março, quando comparado com os mesmos meses de 2020.
No entanto, o relatório precisa que, “se compararmos com a média destes nove meses dos anteriores cinco anos (2016 a 2020), verificaram-se reduções nos totais de todos os principais indicadores: menos 14,7% nos acidentes, menos 18,2% nas vítimas mortais, menos 6,3% nos feridos graves e menos 17,3% nos feridos leves”.
A ANSR dá também conta que a colisão foi a natureza de acidente mais frequente (53,3% dos acidentes) e na origem de 49,8% das vítimas mortais, enquanto os despistes, que representaram 35,2% do total dos desastres, corresponderam a 48,2% das vítimas mortais e a 42,3% dos feridos graves.
Quanto ao tipo de via, verificou-se nos arruamentos (64% dos acidentes) um aumento de 12,2% dos feridos graves.
O documento frisa igualmente que 71,1% das pessoas que morreram em acidentes são condutores, enquanto passageiros e peões corresponderam a 15,5% e 13,4% respectivamente, sublinhando que, entre Janeiro e Setembro, a maior parte dos desastres ocorreram dentro das localidades (80,1%).
Em relação à categoria de veículo interveniente nos acidentes, os automóveis ligeiros corresponderam a 54,6% do total, com um aumento de 6,3%% relativamente ao período homólogo de 2020, mas a maior subida este ano envolve desastres com bicicletas (+19,7%).
Também os acidentes com motos aumentaram 4,3% entre Janeiro e Setembro face ao mesmo período de 2020.
O documento indica ainda que, entre Janeiro e Setembro, 43,7% do número de vítimas mortais registou-se na rede rodoviária sob responsabilidade de duas gestores de infraestruturas, designadamente Infraestruturas de Portugal (peso de 38,7% no total) e Brisa (4,9%).
O relatório refere ainda que até Setembro os acidentes aumentaram em 15 dos 18 distritos, sendo a subida mais acentuadamente em Bragança (+17,7%), Beja e Leiria (+10,9% em ambos), enquanto o número de vítimas mortais aumentou em seis, particularmente em Setúbal (mais 11 mortos) e Braga (mais nove).

CMP // HB
Lusa

Carregar mais artigos relacionados
Carregar mais artigos por Redacção
Carregar mais artigos em Actual

Veja também

Comando Distrital de Portalegre da PSP alerta para utilização indevida de artigos de pirotecnia da Noite da Passagem de Ano

A poucas horas da transição de 2025 para 2026, preparam-se os festejos. As várias manifest…