As dormidas de turistas não residentes caíram 30,7% nos primeiros sete meses, em termos homólogos, e a subida de 31,7% das dormidas de residentes não evitou a queda de 2,4% das dormidas totais, segundo o INE.
Os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) ressalvam que as variações são influenciadas pelo facto de ainda não se fazer sentir o impacto da pandemia nos dois primeiros meses de 2020 e que, comparando com o mesmo período de 2019, entre janeiro e julho, as dormidas diminuíram 67,4% (-31,5% nos residentes e -82,1% nos não residentes).
Entre janeiro e julho de 2021 as dormidas de residentes representaram 61,2% do total, quota que contrasta com a verificada em 2020 (45,3% do total) e em 2019 (29,1% do total).
O INE lembra que 19,1% dos estabelecimentos de alojamento turístico estiveram encerrados ou não registaram movimento de hóspedes em julho (26% em junho), mês em que o alojamento turístico registou 1,6 milhões de hóspedes e 4,5 milhões de dormidas, acima de um milhão de hóspedes e 2,6 milhões de dormidas registadas em julho de 2020.
Face a julho de 2019, o número de hóspedes diminui em julho deste ano 42,5%, e as dormidas caíram 45%, tendo diminuído em resultado de um crescimento de 6,4% nas de residentes e um decréscimo de 67,6% nas dormidas de não residentes.
Em julho, o mercado britânico representou 13,1% do total de dormidas de não residentes, seguido pelos mercados espanhol (quota de 16,9%), francês (14,8%) e dos países baixos (6,3%).
Somando os primeiros sete meses deste ano, o INE regista aumentos nos mercados polaco (+103,8%), suíço (+35,9%) e belga (+30,2%), enquanto nos restantes principais mercados regista decréscimos.
O Algarve concentrou 34,5% das dormidas em julho, seguindo-se o Norte (15,5%), a Área Metropolitana (AM) de Lisboa (14,6%) e a Região Autónoma (RA) da Madeira (12,1%).
Nos primeiros sete meses do ano, o INE registou diminuições no número de dormidas na AM Lisboa (-28,7%), RA Madeira (-7,4%) e Norte (-2,8%), e crescimentos nas dormidas nas restantes regiões.
Já as dormidas de residentes, entre janeiro e julho, aumentaram em todas as regiões, destacando-se a RA Madeira (136%), RA Açores (99,9%) e Algarve (54,6%), mas em termos de dormidas de não residentes todas as regiões apresentaram decréscimos neste período, exceto a RA Açores (+31,8%).
As menores reduções foram no Alentejo (-4,8%), mas as restantes regiões tiveram diminuições superiores a 16%.
A estada média nos estabelecimentos de alojamento turístico (2,76 noites) aumentou 7,8% em julho, mas abaixo do aumento de 15,4% em junho, em resultado de aumentos de 7,8% na estada média dos residentes (2,56 noites) e de 1,5% na dos não residentes (3,12 noites).

VP // EA
Lusa

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