“A tomada de posse da nova administração Americana é uma oportunidade para uma reconfiguração geoestratégica global e para o reforço das relações entre os Estados Unidos e a União Europeia, num contexto de pandemia e de ameaça crescente do populismo e do autoritarismo no mundo”, afirmou Carlos Zorrinho, para quem “o mandato de Trump deixa marcas que não se apagam com a sua derrota eleitoral.”

Ao intervir no ponto da sessão plenária do Parlamento Europeu relativo ao debate sobre a posse do Presidente Joe Biden e o futuro das relações entre a União Europeia e os Estados Unidos da América, o Eurodeputado Socialista disse vivermos “um tempo em que o conceito de fronteira está esbatido”, para de seguir sustentar que “em democracia, a política externa para ter a legitimação popular tem que ser compreendida e aceite internamente”, asserção esta que “é assim nos Estados Unidos e é assim na União Europeia”.

“A autonomia estratégica é cada vez mais uma condição chave para uma cooperação estratégica saudável”, afirmou Carlos Zorrinho que na sua intervenção sublinhou também os “desafios fortes” que a União Europeia e os Estados Unidos da América enfrentam sendo fundamental a “cooperação” entre os dois blocos. 

Colocando “a segurança internacional, as alterações climáticas, a saúde e a digitalização das sociedades” como estando “na primeira linha da agenda”, Carlos Zorrinho considera também que nessa agenda “a cooperação e competição correrão lado a lado e em que a capacidade de confrontar com sucesso modelo centralizado das potências concorrentes será determinante”.

“Temos de ser pragmáticos, fazendo dos nossos valores e princípios o eixo central das relações transatlânticas, para que a relação União Europeia/Estados Unidos da América seja um jogo de soma positiva para os seus povos e para o mundo”, disse o Eurodeputado Socialista ao terminar a sua intervenção.

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