Dois portugueses, um homem de 63 anos e uma mulher de 35, figuram na lista de vítimas mortais dos atentados de sexta-feira à noite em Paris. O balanço ainda provisório desta noite sangrenta aponta para 129 mortos e 352 feridos, dos quais 99 estão em estado grave.
A informação oficial refere que, além dos civis, morreram quatro polícias e oito terroristas. Outros quatro estarão em fuga. No total, foram registados sete ataques terroristas em várias zonas da capital francesa.
Na sequência dos atentados reivindicados pelo Estado Islâmico, o presidente François Hollande declarou o estado de emergência e anunciou o encerramento de fronteiras.
O Estado Islâmico do Iraque e do Levante, normalmente conhecido por ISIS ou Daesh, foi composto no formato original por várias organizações terroristas sunitas iraquianas. Quando proclamado em 2014, o califado Estado Islâmico pretende o controlo efectivo de vastas regiões – Iraque, Síria, Líbia, Jordânia, Israel, Palestina, Líbano, Chipre e parte da Turquia
Entre as vítimas mortais está um português natural de Mértola. Há 45 anos a residir e trabalhar em França, com 63 anos de idade, o cidadão português encontrava-se nas imediações do Stade de France e foi uma das vítimas de uma tentado suicida. Mulher e filhas encontravam-se em Portugal.
A segunda vítima mortal portuguesa foi uma mulher de 35 anos, que assistia ao concerto da banda Eagles Of Death Metal.
Já com grande influência no Norte de África, o Estado Islâmico aspira a um regresso ao Al-Andalus – nome dado à Península Ibérica pelos conquistadores islâmicos do século VIII
No dia seguinte ao atentado, os aeroportos europeus redobraram as medidas de segurança. Um voo da Air France, entre Amsterdão e Paris, foi atrasado devido a uma ameaça de bomba. Torre Eiffel, Louvre e Disneyland não abriram as portas aos visitantes.
Em Bruxelas, a polícia belga procedeu a várias operações e fez pelo menos uma detenção. Na origem destas diligências terá estado a informação recolhida pela polícia francesa – um carro de matrícula belga foi encontrado perto da sala de espectáculos Bataclan e terá sido utilizada pelos terroristas.
Fotos: © JHT | Linhas de Elvas