Um polo da Escola de Hotelaria e Turismo de Portalegre poderá abrir, em 2026, perto de Évora para formar profissionais, a pensar na Capital Europeia da Cultura (CEC) em 2027, revelou o presidente da Turismo do Alentejo.
Em declarações à agência Lusa, o presidente da Entidade Regional de Turismo do Alentejo e Ribatejo, José Manuel Santos, indicou que já estão a decorrer conversações com o Turismo de Portugal e a entidade que gere as instalações.
“Será uma iniciativa que, se tudo correr bem, será estabilizada durante o primeiro trimestre do próximo ano e gostaríamos que as primeiras formações dirigidas à CEC possam começar no mês de março”, declarou.
José Manuel Santos disse que a iniciativa procura “reforçar a capacidade formativa” nas áreas ligadas ao turismo, já que “vai ser necessário, em 2026, imprimir um esforço maior para capacitar, formar e dar mais ferramentas aos profissionais”.
“Os nossos profissionais do turismo são decisivos para o bom acolhimento aos turistas que nos irão visitar em 2027, em maior número, por via da CEC”, sublinhou.
O responsável adiantou que um projeto liderado pela Câmara de Évora obteve um financiamento de 110 mil euros para “criar e dinamizar programas de capacitação e apoio a guias turísticos, comércio tradicional, hotelaria e restauração”.
Segundo o presidente da Turismo do Alentejo e Ribatejo, o polo poderá ser criado em instalações escolares situadas “num concelho próximo de Évora”, sobre as quais se escusou a dar mais detalhes, por a parceria não estar ainda fechada.
“A CEC é a nossa Expo 98 e temos que aproveitar esta grande iniciativa da melhor forma para potenciarmos ainda mais o turismo do Alentejo, mas, particularmente, da região de Évora”, assumiu.
O responsável lembrou que “só há uma escola no Alentejo” da rede de escolas do Turismo de Portugal, que se situa em Portalegre, reconhecendo, porém, que “há escolas no Algarve que também apoiam a formação” na região alentejana.
“Mas, precisamos de criar polos específicos, neste caso da Escola de Hotelaria e Turismo de Portalegre, que, por exemplo, respondam, não só à CEC, mas também à Cidade Europeia do Vinho no Baixo Alentejo, no próximo ano”, reiterou.
Aludindo ao centro de acolhimento a turistas que vai ser criado por esta ERT em Évora, José Manuel Santos considerou que “de nada vale” a existência deste espaço “se, depois, não se conseguir melhorar o atendimento, fluência em línguas e conhecimento sobre vinhos, gastronomia, receituário tradicional e técnicas de bar”.
Sobre o centro de acolhimento a turistas, a ‘nascer’ no edifício onde funcionou o Museu do Artesanato e Design de Évora, o presidente da Turismo do Alentejo e Ribatejo revelou que o auto de consignação da obra vai ser assinado na quarta-feira.
“Esta obra envolve a substituição da cobertura de madeira do edifício do Celeiro Comum, que está bastante danificada e tem que ser integralmente substituída, bem como alguns trabalhos complementares no exterior e no interior do salão”, assinalou.
De acordo com José Manuel Santos, além desta empreitada, estão previstas outras relacionadas com equipamentos e conteúdos, envolvendo um investimento total de 1,5 milhões de euros com financiamento do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).
O também denominado Welcome Centre Évora “tem que estar aberto ao público no início de 2027, já que vai ser a porta de entrada dos turistas que cheguem para a CEC” e, a partir de 2028, “vai continuar a funcionar como centro de acolhimento de todo o destino”, acrescentou.
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