Os sintomas da H3N2 são muito parecidos com os da gripe sazonal comum, mas muitas pessoas relatam que esta variante costuma ser um pouco mais intensa e prolongada. Os mais frequentes são:
– Febre alta e súbita (geralmente acima de 38 °C, pode chegar aos 39-40 °C)– Dores musculares e articulares intensas (“dor no corpo todo”)
– Dor de cabeça forte
– Fadiga extrema / cansaço profundo (pode durar semanas)
– Tosse seca (pode evoluir para tosse com expetoração)
– Dor de garganta
– Nariz entupido ou corrimento nasal
– Arrepios e suores
– Mal-estar geral
– Em alguns casos: náuseas, vómitos e diarreia (mais comum em crianças)
Sintomas de alerta (procure imediatamente um médico)
– Dificuldade para respirar ou falta de ar
– Dor ou pressão no peito
– Tonturas súbitas ou confusão mental
– Febre muito alta que não baixa com antitérmicos
– Agravamento repentino após melhoria inicial
Duração habitual:
Os sintomas mais intensos duram geralmente 3 a 5 dias, mas a tosse e o cansaço podem arrastar-se por 2 a 3 semanas.
Prevenção
– Vacina da gripe (a tetravalente de 2025/2026 já inclui proteção contra H3N2)
– Higiene das mãos, etiqueta da tosse e evitar aglomerações em épocas de surto
Se está com sintomas fortes, repouso, hidratação abundante e paracetamol/ibuprofeno costumam ajudar. Em caso de dúvida ou se pertence a grupo de risco (crianças pequenas, grávidas, idosos, doentes crónicos), consulte o seu médico ou o SNS 24 (808 24 24 24).
«Este ano a gripe vai ser um grande desafio», avisou Ana Paula Martins a 24 de Novembro , aquando das visitas aos hospitais do Alentejo.
A ministra da Saúde alertou para a circulação de uma nova estirpe do vírus influenza – a H3N2 subtipo Kansas –, que está a provocar um aumento «invulgar e precoce» de casos na Europa e pode gerar «uma pressão muito grande» sobre o Serviço Nacional de Saúde. «O inverno vai ser muito duro», reforçou, apesar de os planos de contingência e de resposta hospitalar já estarem ativados.
O alerta português alinha-se com o do Centro Europeu de Prevenção e Controlo de Doenças (ECDC), que pediu aos Estados-membros da União Europeia que acelerem urgentemente a vacinação contra a gripe para conter a propagação desta variante mais agressiva.
