“Ora a ESPERANÇA não engana, porque o AMOR DE DEUS foi derramado nos nossos corações pelo Espírito Santo” (Rm5,5)

         Há muito que alimentávamos este sonho: Ir como Peregrinos de Esperança a Roma, durante este Ano Jubilar, para celebrarmos na Cidade dos apóstolos Pedro e Paulo o dom do Jubileu. Não o queríamos fazer de uma forma superficial e mais ou menos turística, mas desejávamos que fosse o culminar de uma caminhada interior, vivida ao longo de todo o ano,  com momentos fortes de catequese sobre a Bula do papa Francisco ao proclamar o Ano Jubilar 2025, estudando e refletindo sobre os significados do logotipo, oração e hino do Jubileu (que já sabemos de cor), realizando momentos fortes de oração, adoração e práticas intencionais de Solidariedade e Caridade Fraterna de modo que a nossa peregrinação a Roma fosse, para cada peregrino/a que participasse, um verdadeiro  encontro vivo e pessoal com o Senhor Jesus, a verdadeira «porta» de salvação (cf. Jo 10, 7.9).Queríamos voltar de Roma mais alegres e felizes por sermos de Cristo, nossa Esperança e mais conscientes da nossa MISSÃO: sermos sinais palpáveis de esperança para muitos irmãos e irmãs que vivem em condições de dificuldade. A nossa Fé, Alegria, Proximidade e Empatia com os mais frágeis e afastados, o nosso testemunho de uma “Paz desarmada e desarmante”, devem fazer de nos cristãos, “em saída”, provando que Cristo vive, que Cristo ama cada pessoa de forma única e que a sua Misericórdia é infinita. Por isso apesar de já termos celebrado o Jubileu em Igrejas particulares como O Santuário do Senhor Jesus da Piedade de Elvas, o Santuário de Fátima, a Sé de Évora, etc., quisemos peregrinar também até Roma, para de forma especial saborearmos junto ao Santo Padre, agora o Papa Leão XIV, a “Esperança que não engana”.

         Assim, em nome do nosso movimento, o MTA-Movimento Teresiano Apostólico, 50 peregrinose peregrinas rumámos até á Sé de Pedro, para alcançarmos a graça do Jubileu. Desde Elvas, foram peregrinos, connosco, os padres António Carlos Marques da Silva, (capelão da Peregrinação), e Francisco Pimenta Alves Bento e, no Colégio Português, o padre Fernando Lopes que nos ajudaram a viver a espiritualidade do Jubileu celebrando connosco e para nós a Eucaristia, o Sacramento da Reconciliação, para quem o solicitou, (e foram muitos), e connosco rezaram nas Basílicas Jubilares onde entramos .

         Muito significativa foi, para nós, a Peregrinação que fizemos desde a Porta Pia até à Basílica de S. Pedro, com a Cruz Jubilar, que todos alternadamente foram levando, realizando a celebração que nos foi proposta pela organização, cantando o hino  do Jubileu e outros cânticos bem portugueses como o Ave de Fátima e “nossa Senhora da Conceição”,  e em silêncio profundo, passamos na Porta Santa da Basílica onde logo nos acolheu a “Pietá” de Miguel Ângelo e, no altar da Confissão professamos a nossa Fé rezando o Credo ou símbolo dos apóstolos e rezamos pelas intenções do Santo padre, o papa Leão XIV.

         Entramos ainda pelas Portas Santas de S. Maria Maior, onde comovidos e agradecidos paramos e rezamos junto ao túmulo do Papa Francisco, de S. Paulo fora de muros e de S. João de Laterão.

         Muito significativo foi também termos estado no Colégio Português e sermos acolhidos pelo Padre Fernando Lopes que celebrou para nós, e que tão, pedagogicamente, nos falou da Vida e do compromisso jubilar de sermos sinais de Vida e de Esperança. A sua forma simpática de ser próximo, a sua simplicidade, humildade e empatia cativou-nos a todos. Bem-haja padre Fernando. Mesmo sem se dar conta foi para nós um sinal de Esperança e a certeza de que Deus nos habita e de pode fazer de nós lugares de beleza como sentimos que o está a fazer em si.

Foi bom para nós termos ouvido de si que “Roma não é importante só pela arte e pelos monumentos, mas é sobretudo pelas pessoas, pelos santos, pelos mártires que deram e dão a vida por Cristo”

         No pouco tempo que nos sobrou ainda visitamos monumentos que nos remetiam para vida dos primeiros cristãos e para a Roma antiga como o Coliseu, os foros romanos, o Palatino, o Circo Máximo, etc., mas com olhos diferentes. Ali muitos cristãos deram a vida para que hoje conhecêssemos a Vida, Cristo nossa Esperança. Claro que visitando os Museus Vaticanos entrámos, também, na beleza da Capela Sistina onde ainda “cheirava a fresco” a eleição do querido papa Leão XIV e a presença dos nossos cardeias portugueses que nela participaram. Rezamos por todos

         Na Roma “Barroca“, passamos ainda pela Fontana de Trevi, Panteão, Praça de Espanha, Praça Navona, etc., mas tudo nos parecia relativo comparado com a grandeza de sermos Igreja de Cristo.

         Ao longo da nossa Peregrinação Jubilar, não sei porquê, mas a todo o momento me vinham à memória as palavras do papa Bento XVI, ao mundo da cultura quando esteve em Lisboa:

         “FAZEI COISAS BELAS, MAS SOBRETUDO FAZEI DA VOSSA VIDA UM LUGAR DE Beleza”

Será que este pensamento terá alguma coisa a ver com sermos sinais de Esperança neste mundo vazio e confuso que nos tocou viver?

É este sentimento e desejo que confirmei em Roma:

         *Ser sinal de Esperança aceitando Jesus como a âncora que me segura e conforta

         *Na Oração e sobretudo na Eucaristia encontrar a razão para amar e servir os pobres onde Ele vive.

         “Pois nisto consiste a Perfeição: Amar a Deus e ao próximo” (S. Teresa de Jesus)

A todos os que comigo foram peregrinos de Esperança na cidade eterna e a todos os outros que celebraram o Jubileu nas suas Igreja particulares desejo que sejamos sinais de Esperança e sementes do evangelho que gerem mais Vida, mais Paz e mais AMOR

                                                                      Maria de Fátima Magalhães stj

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