O incêndio que lavra hoje nos concelhos de Portalegre e de Castelo de Vide tem “três frentes ativas”, com os esforços dos operacionais a centrarem-se na defesa de habitações, pessoas e animais, revelou fonte da Proteção Civil.
Contactado pela agência Lusa, o comandante Paulo Santos, da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), explicou que, por volta das 21:30, o incêndio tinha “três frentes ativas”.
“Uma delas está a progredir junto à variante de Castelo de Vide, uma outra vai na direção de Póvoa e Meadas e aconteceu também uma forte reativação na retaguarda do incêndio”, ou seja, na área em que o foco eclodiu, na Tapada do Loureiro, no concelho de Portalegre, precisou.
Este último fator, continuou o comandante, “fez com que todo o perímetro [do sinistro] ficasse ativo e o trabalho dos bombeiros tem sido defender as habitações naquilo que é possível”.
A fonte da ANEPC explicou que, no âmbito do perímetro desta ocorrência, “há sempre terreno com animais e é sempre preciso acudir a algumas situações mais complicadas com animais e salvaguardar outras”.
Questionado pela Lusa sobre se há casas ou pessoas em risco, o comandante Paulo Santos esclareceu que, “nos sinistros deste tipo, há sempre infraestruturas no caminho do incêndio”.
“E o trabalho dos bombeiros tem sido, precisamente a defesa das habitações e desses lugares. As habitações têm sido salvaguardadas”, afiançou.
Instado também acerca de feridos nas operações de combate, a fonte referiu que, às 17:20, “um sapador florestal foi transportado ao hospital de Portalegre, como ferido ligeiro”, mas não soube especificar, por enquanto, do que se tratou.
O alerta para o incêndio foi dado às autoridades às 14:01, tendo eclodido numa zona de mato na Tapada do Loureiro, freguesia de Ribeira de Nisa e Carreiras, no concelho de Portalegre, segundo o Comando Sub-Regional de Emergência e Proteção Civil do Alto Alentejo.
Às 19:00, em declarações à Lusa, o presidente da Câmara de Castelo de Vide, António Pita, indicou que o foco de incêndio tinha chegado “perto do perímetro urbano” daquela vila, mas naquele momento não existiam “casas em perigo”.
“O fogo veio de Portalegre, apanhou a serra de São Paulo e a Estrada Nacional 521 (EN521) e dirigiu-se ao espaço médio urbano da vila”, relatou.
O fogo “não chegou a entrar em Castelo de Vide”, mas “ficou aqui na serra, numa zona muito sensível do Parque Natural da Serra de São Mamede e junto ao espaço urbano”, destacou.
Os bombeiros, afiançou o presidente da câmara, “têm os meios posicionados” e o fogo “não entrou na vila, foi controlado”, notou também António Pita, explicando que houve uma situação mais complicada com chamas junto a um posto de abastecimento de combustíveis, mas foi resolvida.
Fonte do Comando Territorial de Portalegre da GNR indicou à Lusa que, devido ao fogo, estão cortadas a Estrada Nacional 246 (EN246), entre Castelo de Vide e Carreiras (no concelho de Portalegre), a EN 246-1, entre Alpalhão (Nisa) e Castelo de Vide, a Estrada Municipal 523 (EM523), entre Carreiras e Castelo de Vide, e a EM525, entre Castelo de Vide e Póvoa e Meadas.
No local, às 22:00, de acordo com a página de Internet da ANEPC, consultada pela Lusa, encontravam-se a combater este fogo 260 operacionais, apoiados por 82 viaturas.

RRL (TCA/VAM) // MDR
Lusa

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