A Coudelaria de Alter é um pólo de referência na preservação e promoção do cavalo lusitano, combinando tradição e inovação para impulsionar o turismo equestre na região do Alentejo. Através de parcerias entre o sector público e privado, como exemplifica o protocolo assinado ontem, dia 23 de Fevereiro, entre a Companhia das Lezírias, o Grupo Vila Galé e a Escola Profissional de Alter, procura-se fortalecer a experiência turística e prolongar a permanência dos visitantes. O investimento na diversificação da oferta inclui alojamento, gastronomia e animação, criando um produto diferenciado.
A recente classificação da Arte Equestre Portuguesa como Património Imaterial da Humanidade pela UNESCO abre novas oportunidades para a internacionalização do turismo equestre, especialmente em mercados como os Estados Unidos. Contudo, há desafios na promoção externa dessa oferta, exigindo esforços conjuntos de marketing e desenvolvimento estratégico.
A Coudelaria de Alter, ao equilibrar preservação patrimonial e inovação, posiciona-se como um destino turístico de excelência, promovendo o Alentejo no cenário global do turismo equestre.
Segundo José Santos, presidente da Entidade Regional de Turismo do Alentejo e Ribatejo, a Coudelaria de Alter assume-se como “um pólo de referência na preservação e promoção do cavalo lusitano, apostando na diversificação da oferta turística. Este é um espaço de excelência e temos de mostrar ao mundo que ele é um espaço de excelência”.
“A Coudelaria de Alter reúne diversas vertentes que criam um produto turístico único. Temos muita história, muito património, toda a componente ligada à qualidade genética e à criação do cavalo lusitano. Mas também temos alojamento, restauração e animação. O que se deve fazer, e o que está aqui a acontecer, é fundir tudo isso numa experiência e mostrar às pessoas. É preciso trabalhar com os operadores turísticos, com a Companhia das Lezírias, com a Câmara de Alter e com grupos económicos, como o Vila Galé, que já identificaram o turismo equestre como um factor de diferenciação e nele apostaram, referiu o dirigente.
Com mais de dois séculos e meio de História, a Coudelaria de Alter é um símbolo da tradição equestre portuguesa. A aposta no turismo, na investigação e na formação garantem a preservação deste património vivo, mantendo Portugal na vanguarda da criação do cavalo lusitano.
O grupo Vila Galé “é um grupo hoteleiro que investe na recuperação de edifícios históricos e na diversificação da oferta turística, com projectos já executados em Elvas e Alter do Chão, com novas iniciativas em curso na Golegã em Santarém. O Vila Galé tem um papel importantíssimo no turismo da região, acrescentou José Santos.
Reabilitação da Coudelaria é nova aposta para o Turismo da região
A aposta na recuperação da Coudelaria de Alter do Chão, fundada em 1748, iniciou-se em 2020, com a inauguração do hotel Vila Galé Alter Real. No entanto, poucos dias após a abertura a unidade teve de encerrar devido à pandemia de COVID-19, adiando o plano de dinamização previsto para o local, estando aberta apenas meia dúzia de dias.
O Vila Galé Alter Real insere-se na estratégia do grupo de reabilitação do património edificado, integrando o programa Turismo de Experiência, que combina alojamento, cultura e actividades equestres. Além de oferecer hospedagem, a unidade promove a história do cavalo lusitano e das tradições equestres portuguesas, através de experiências ligadas à arte equestre e ao enoturismo.
O Grupo Vila Galé tem apostado na recuperação de edifícios e conta já com a transformação em espaços hoteleiros de 18 edifícios históricos. “Damos dinamismo, criamos riqueza e trazemos vida nova ao interior”, referiu ao nortealentejo.pt Jorge Rebelo de Almeida, presidente do grupo.
O evento, realizado na Coudelaria de Alter, contou com diversas apresentações equestres. Charanga da GNR, Escola Portuguesa de Arte Equestre e demonstração de volteio por três cavaleiros olímpicos demonstraram a importância da tradição equestre e a sua ligação ao turismo. Segundo Rebelo de Almeida, esta “sinergia entre património e turismo é essencial para a sustentabilidade da Coudelaria e contribui para valorizar o território”.

































