O Município de Alandroal aprovou, em sessão de Assembleia Municipal realizada no dia 22 de Dezembro, as Grandes Opções do Plano e Orçamento para 2026.
João Grilo, presidente da Câmara, apresentou este orçamento como sendo o primeiro desde 2016 em que o Município está livre das restrições à autonomia de gestão impostas pelo Plano de Ajustamento Municipal (PAM), cessado em Setembro de 2025, o que permite olhar de outro modo para o futuro em termos de financiamento de investimentos, renovação do quadro de pessoal, política de impostos ou apoios ao associativismo e ao tecido empresarial.
Contudo, frisou que esta autonomia deve ser gerida com muito cuidado e de forma bastante ponderada, uma vez que o Município continua a ter que amortizar dívida associada ao empréstimo FAM à razão de cerca de 1,2 milhões de euros por ano, salientando que toda a receita de impostos cobrados anualmente não é suficiente para cobrir este valor.
Ainda assim, o executivo municipal quis dar um sinal de alívio às famílias do concelho, fazendo aprovar uma redução da taxa de IMI de 0,45% para 0,42% (a taxa máxima de IMI situa-se nos 0,50% e já tinha sido reduzida no concelho em 2018).
Antes de reduções generalizadas nas taxas de impostos, o executivo dá prioridade à criação de benefícios para sectores prioritários.
Assim, no ano de 2026, os bombeiros voluntários já irão beneficiar de 50% de redução no IMI e estão em preparação regulamentos que alargam este benefício no próximo ano aos jovens e aos idosos.
Do lado do investimento, para um orçamento total de 17,4 milhões de euros (mais 700 mil euros que em 2025), o Município propõe-se concluir as obras em curso financiadas pelo PRR (Loja do Cidadão do Alandroal e Extensões de Saúde de Pias, Orvalhos e Hortinhas e novo equipamento digital de projecção para o Fórum Cultural), concluir a obra do Centro Histórico e Interpretativo do Castelo de Alandroal, executar a obra da “Porta Norte” da Fortaleza de Juromenha, iniciar as obras do Centro Náutico de Juromenha e do Miradouro da Torre de Menagem e Iluminação Cénica Nocturna do Castelo de Alandroal, com financiamento do Turismo de Portugal.
Prevê-se também o início de investimentos associados ao ALENTEJO 2030, como a intervenção no Castelo de Terena ou obras ligadas ao Ciclo Urbano da Água (Montejuntos-Ferreira) ou eficiência energética de edifícios municipais.
No que diz respeito à habitação, uma das prioridades do executivo, numa altura em que o número de lotes disponíveis de natureza municipal começa a ser muito reduzido, é o investimento em novos loteamentos em Pias, Casas Novas, Aldeia da Venda e Juromenha e a concretização da candidatura de “Primeiro Direito” prevista na Estratégia Local de Habitação.
