A Vasp assinalou ontem, dia 18 de Dezembro, ter uma responsabilidade acrescida enquanto única distribuidora nacional em Portugal, “não por ser uma empresa monopolista, mas sim por ser, de facto, a única empresa sobrevivente do setor”.
“No Dia Nacional da Imprensa, a Vasp S.A. assinala também cinco décadas de atividade ao serviço da distribuição de publicações em Portugal, sublinhando o papel determinante que a logística e a capilaridade da distribuição têm para assegurar que a imprensa diária chega, e pela madrugada, a todo o país, e destaca a relevância estrutural da distribuição na sustentabilidade deste ecossistema”, refere a empresa, em comunicado.
Sublinha que tem uma “responsabilidade acrescida associada à sua posição atual enquanto única distribuidora nacional de imprensa em Portugal, não por ser uma empresa monopolista, mas sim por ser, de facto, a única empresa sobrevivente do setor”.
Isto porque “ficou a preencher o vazio decorrente da falência de todos os outros distribuidores, com consequências graves nos editores de imprensa, factos que tornam a resiliência operacional e o diálogo com editores, retalhistas, instituições públicas e privadas, e também com o Governo, uma prioridade permanente”, argumenta a Vasp.
No início do mês, a administração da Vasp informou estar a avaliar a necessidade de fazer ajustamentos na distribuição diária de jornais nos distritos de Beja, Évora, Portalegre, Castelo Branco, Guarda, Viseu, Vila Real e Bragança.
Na quarta-feira, o Governo admitiu “propostas concretas” para fazer face a este possível ajustamento da rede de distribuição da Vasp no interior do país, mas realçou que não irá “passar um cheque” a uma empresa em concreto.
No final do Conselho de Ministros de hoje, o ministro da Presidência, António Leitão Amaro, questionado sobre o assunto, lembrou que “o que está em causa é um anúncio da praticamente monopolista distribuidora que disse ao país que tinha dificuldades de sustentabilidade do modelo de negócio e procura soluções”.
Fundada em fevereiro de 1975, a Vasp “consolidou-se como um operador essencial na cadeia de valor da imprensa, garantindo diariamente que a imprensa diária chega aos pontos de venda e às comunidades, do litoral ao interior”, lê-se no documento enviado hoje pela empresa.
Face aos desafios que os media enfrentam, de profundas mudanças nos hábitos de consumo e desafios económicos e logísticos, a Vasp afirmou hoje “reafirma a sua missão de continuidade, eficiência e proximidade, fatores críticos para assegurar acessibilidade, pluralismo e coesão territorial no acesso à informação, um direito que é consagrado constitucionalmente, e pelo qual a VASP luta todos os dias, mesmo na necessidade de reequacionar a operação e novos modelos logísticos que permitam a viabilidade e continuidade desta missão”.
No Dia Nacional da Imprensa, “a Vasp associa-se à reflexão setorial promovida em Pombal e renova o seu compromisso com a modernização contínua dos serviços, a sustentabilidade das operações e a proteção do acesso regular à imprensa em papel, particularmente em territórios de menor densidade”.
A distribuidora saúda ainda “todos aqueles que fazem parte do ecossistema da imprensa portuguesa, desde os jornalistas, aos pontos de venda, às gráficas e aos leitores, porque todos fazem parte do processo constitucional que garante o acesso à imprensa diária, processo esse que a VASP se orgulha de transportar, todos os dias”.
A Vasp termina referindo que “a distribuição não é um detalhe logístico; é uma infraestrutura democrática”.
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