A Câmara de Ponte de Sor vai ter um orçamento de 57 milhões de euros em 2026, o mais elevado “de sempre”, aumentando cerca de 15 milhões de euros face ao deste ano.
Em declarações à agência Lusa, o presidente da Câmara de Ponte de Sor, Rogério Alves, que está a cumprir o primeiro mandato eleito pelo PS, explicou hoje que o orçamento foi aprovado “por unanimidade” pelo executivo camarário, formado por cinco eleitos do PS e dois da coligação PSD/CDS-PP, em reunião ordinária no final do mês de novembro.
“É o maior orçamento de sempre da câmara municipal, são 57 milhões de euros. A razão para ter um volume tão grande em relação ao que é habitual prende-se sobretudo com as obras do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) que têm de terminar forçosamente em 2026”, justificou.
O autarca indicou que, em relação ao PRR, estão ‘em jogo’ 17 milhões de euros, que estão a ser investidos em reabilitações de escolas e na construção das acessibilidades para a construção da fábrica que vai produzir a primeira aeronave totalmente desenvolvida e industrializada em Portugal, o LUS222.
Se fosse retirado o valor das obras do PRR, o orçamento iria cifrar-se “nos habituais valores”, disse Rogério Alves, frisando que se trata de um orçamento que espelha a “capacidade do município em atrair grandes investimentos”.
Em 2026, notou, o município espera ver concluídas até ao mês de novembro as obras do Centro Empresarial de Ponte de Sor, projeto que está a surgir na antiga fábrica Delphi, num valor de cerca de sete milhões de euros.
No âmbito do Programa 1.º Direito e da Estratégia Local de Habitação, a Câmara de Ponte de Sor vai investir mais de dois milhões de euros, estando em curso a reabilitação de 22 novas casas e a cedência de terrenos para que os privados possam construir.
Ao todo, segundo o autarca, entre os investimentos da câmara e da iniciativa privada, vão ser criados “mais de 150 novos fogos” nos próximos “dois a três anos”.
A continuação das obras de uma das duas praias fluviais previstas para a Barragem de Montargil e a “construção de raiz” da Casa da Música de Ponte de Sor, num valor de “cerca de dois milhões de euros”, são outros dos investimentos em destaque.
A Casa da Música de Ponte de Sor vai “albergar as manifestações ligadas à música dispersas pelo concelho”, indicou Rogério Alves, referindo que está previsto que a obra comece “no segundo semestre de 2026, com uma duração de 12 meses”.
A construção de um campo desportivo sintético na aldeia de Tramaga, a arborização da zona ribeirinha de Ponte de Sor e a reabilitação das piscinas descobertas são outras das obras a desenvolver no próximo ano.
No que toca a impostos municipais, em 2026, a Câmara de Ponte de Sor vai manter a taxa mínima de 0,3% para prédios urbanos e rústicos no Imposto Municipal Sobre Imóveis (IMI).
A taxa de IMI para prédios urbanos pode variar entre os 0,3% e os 0,45%, cabendo aos municípios fixar o valor entre este intervalo.
Já no que respeita ao Imposto sobre o Rendimento de Pessoas Singulares (IRS), a autarquia também vai manter a participação de 3,5%.
O orçamento vai ser apreciado e votado pela Assembleia Municipal de Ponte de Sor na quinta-feira, sendo aquele órgão autárquico constituído por 12 eleitos do PS, cinco da coligação PSD/CDS-PP, dois do Chega e outros dois da CDU.

HYT // RRL
Lusa/Fim

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