José Rondão Almeida utilizou a página pessoal no Facebook para se justificar aos elvenses relativamente ao acordo político com Nuno Mocinha, que inclui a entrega da vice-presidência da Câmara de Elvas ao seu antecessor e rival até à noite das eleições, e a atribuição de pelouros a Mocinha e Sérgio Ventura, eleitos pelo Partido Socialista.

Num texto intitulado “ESCLARECIMENTO AOS ELVENSES” Rondão começa por aludir ao seu percurso na Câmara Municipal de Elvas, iniciado em 1994, salientando que tem dedicado a vida “a servir Elvas”. Depois menciona “os altos e baixos” deste percurso de 31 anos e a conquista de “algo” que valoriza “profundamente: a confiança da maioria dos Elvenses, que reconhecem o trabalho feito e os resultados alcançados.”

Do historial no Município destaca  também que nem sempre foi “bem tratado, especialmente nas redes sociais. Fui alvo de críticas, muitas vezes injustas, vindas de quem preferiu o ataque pessoal em vez do debate de ideias. Nunca respondi com rancor. Sempre acreditei que Elvas se constrói com trabalho, não com palavras amargas”.

Prossegue, esclarecendo que todos estes anos de “vida política” viveu “momentos difíceis e divergências sérias. Mas hoje falo e convivo com todos, porque acredito que a política deve servir as pessoas — e não o contrário”.

Terá sido essa crença que está por detrás da “decisão de estabelecer um entendimento político com o Nuno Mocinha” opção que, justifica, “não foi tomada por conveniência, mas por responsabilidade. Quem governa tem de garantir estabilidade e condições para continuar a fazer obra”.

Depois José Rondão Almeida responde aos que o têm criticado pela opção que tomou.

 “Alguns não gostaram e usam palavras como “falta de vergonha”. Mas vergonha seria pôr interesses pessoais acima do futuro de Elvas.

Como pessoa, sei perdoar. Como presidente, sei decidir.

E decidi continuar a trabalhar por Elvas, com todos os que queiram contribuir para o bem do concelho, independentemente do passado.

Não me movem ressentimentos. Move-me Elvas”, reforçou o presidente da Câmara, acrescentando uma garantia: “enquanto tiver forças, é por Elvas que continuarei a lutar”.

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