Mais logo, quando forem 2:00 em Portugal Continental e na Madeira, os relógios devem andar 60 minutos para trás, passando para a 1:00. Na Região Autónoma dos Açores, a mudança será feita à 01:00 , passando para as 00:00

A madrugada deste domingo marca a viragem do horário de Verão para o de Inverno, trazendo consigo dias mais pequenos e noites longas. De manhã vai clarear mais cedo, mas o breu da noite também se instala mais depressa.

Muitos, pelas razões mais díspares, não encaram bem esta mudança. Inclusive voltou à discussão a análise dos prós e dos contras da existência dos dois horários durante o ano, e é a própria comunidade médica que coloca o dedo na ferida, alertando para os malefícios desta alteração.

Na edição de ontem, a revista Men’sHelth pegou no assunto, reproduzindo um artigo que diz o seguinte:

“Investigadores da Universidade de Stanford, nos Estados Unidos da América, alertam que o sistema atual de mudança de hora pode prejudicar a saúde e sugerem alternativas mais benéficas”.

Um estudo estudo realizado revela que “o sistema atual de alteração da hora duas vezes ao ano, adotado em países como os Estados Unidos da América e Portugal, pode ter consequências graves para a saúde pública. De acordo com os cientistas, mudar a hora regularmente está associado a riscos elevados de doenças, como obesidade e acidente vascular cerebral (AVC). Em vez disso, manter o horário de inverno ou o horário de verão de forma permanente poderia trazer benefícios significativos para a população”.

Procurando aferir o real impacto da mudança na saúde, de acordo com este artigo, “os investigadores analisaram os efeitos da alteração horária nos ritmos circadianos da população, utilizando modelos matemáticos para comparar três políticas possíveis: o horário padrão permanente (hora de inverno), o horário de verão permanente e o sistema atual de mudança bianual. A investigação concluiu que qualquer uma dessas duas primeiras opções seria mais benéfica para a saúde em comparação com o sistema atual de alternância entre os horários”.

A estes argumentos juntam-se outros motivos de natureza económica, que acabam por se cruzar também com as questões da saúde. No topo da lista está a falta de poupança energética e os custos ocultos, como o impacto na saúde e produtividade. A ideia original de poupar energia tem sido questionada, especialmente com o declínio da poupança de energia associada a esta prática. Adicionalmente, a adaptação ao novo horário pode levar a problemas de saúde e reduzir a produtividade dos trabalhadores, o que também representa um custo económico.

Caso o Governo decida lançar o debate, muito há a esgrimir entre os partidários da existência de horário de Verão e de Inverno e os que defendem que não deve haver mexidas nos relógios.

Para já, há um benefício que seguramente ninguém nega: hoje ganhamos todos mais uma hora. Para dormir mais, ou para fazer o que nos aprouver.

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