João Ferreira (Toyota Hilux T1+ Evo) dominou a 39ª bp Ultimate Baja Portalegre 500 e obteve o terceiro triunfo na grande clássica do todo-o-terreno nacional. O piloto de Leiria ganhou o prólogo e os três setores seletivos, terminando com 10m18,4s de vantagem para Luís Cidade (Can Am), o melhor dos SSV. Daniel Silva (Taurus) fechou o pódio e triunfou entre os carros da categoria Challenger. Micael Simão (Gas Gas) venceu nas motos e sagrou-se campeão nacional.  

A segunda etapa da prova organizada pelo Automóvel Club de Portugal (ACP) compreendeu dois setores seletivos, que totalizaram 375 km cronometrados. A mais longa foi também a mais difícil, com o aparecimento da chuva, que criou dificuldades acrescidas aos pilotos nos exigentes estradões do Alto Alentejo e Ribatejo.  

A exemplo da primeira etapa, não houve ninguém que ousasse contestar a superioridade de João Ferreira (Toyota Hilux T1+ Evo). “No primeiro setor seletivo foi difícil manter o carro na estrada. O piso estava muito escorregadio e optámos por uma toada mais conservadora. Mas estou muito satisfeito com o meu desempenho. A equipa SVR fez um trabalho incrível. Os Toyota tinham a fama de não serem muito bons nestas condições de piso, e contrariámos essa ideia”, disse o vencedor.  

É o regresso às vitórias das tradicionais máquinas do todo-o-terreno, depois do triunfo de um ´side by side´, em 2024, por intermédio de Miguel Barbosa. Importa referir que o Toyota Hilux T1+ Evo foi o único carro da categoria principal no top 10! Este foi o quinto triunfo da Toyota na prova do ACP e aconteceu 27 anos depois da primeira vitória da marca, com Filipe Campos, ao volante do Land Cruiser com motor diesel. 

Luís Cidade (Can Am Maverick R) realizou o terceiro tempo na etapa e ascendeu à segunda posição da geral, beneficiando também dos abandonos de João Ramos e Gonçalo Guerreiro. “Foi a edição mais fácil que já disputei. Fizemos um excelente trabalho e quero dedicar este resultado à minha família, que sempre me apoiou”, disse o piloto que venceu, pela primeira vez, a categoria SSV numa baja internacional. 

Daniel Silva (Taurus T3 Max) esteve sempre ao ataque. Terminou no último lugar do pódio e venceu a categoria Challenger. “Tivemos um bom dia. Perdemos tempo para os carros de T1+ nas zonas rápidas, mas conseguimos ser competitivos nos traçados sinuosos. É uma prova, por tradição, muito dura e temos de gerir bem o andamento para terminar”, salientou. 

O segundo setor seletivo causou estragos entre os pilotos da frente; João Ramos (Toyota Hilux T1+ Evo) desistiu com um braço da suspensão partido, quando ocupava a segunda posição da geral, e Gonçalo Guerreiro (Polaris RZR) desistiu com a rótula da suspensão partida, quando era terceiro e liderava nos SSV.  

Com este resultado, a decisão do título nacional absoluto fica adiada para a última prova, a Baja de Lagos (21 a 23 de novembro). 

Vitória e título para Micael Simão 

Nas motos, Bruno Santos (Husqvarna FE450), Micael Simão (Gas Gas EC 500F) e André Sérgio (Beta 480 Race) discutiram a vitória ao longo dos 287 km cronometrados. Bruno Santos foi o mais rápido na fase inicial, mas, nos quilómetros finais, Micael Simão passou para a frente, ganhou a etapa e sagrou-se campeão nacional absoluto de todo-o-terreno. “A moto é incrível, mas foi difícil gerir o andamento, pois o objetivo era terminar para ser campeão. Vai ser uma sensação incrível ter o número um, na moto, no próximo ano. Temos o melhor campeonato de bajas da Europa e, depois deste título, pretendo participar em rally-raid no próximo ano e estar presente no Dakar, em 2027”, referiu. 

No acumulado das duas etapas, André Sérgio (Beta 480 Race) foi o vencedor da bp Ultimate Baja Portalegre 500, mas uma penalização relegou-o para a quarta posição. “Falhei uma travagem, segui em frente e bati numa árvore, mesmo assim fiz a corrida da minha vida”, explicou o piloto, que teve uma penalização de 3m26s por não ter cumprido a média horária imposta pela organização numa estrada de ligação. Deste modo, Bruno Santos ascendeu ao segundo lugar. “Diverti-me imenso. Tive algumas dificuldades na parte inicial, mas adaptei-me e consegui manter um andamento rápido”, disse. Bernardo Megre completou o pódio. 

Tomás Paulo (Yamaha YFZ450R) venceu entre os quads e José Hélio (Can Am Maverick R) ganhou a categoria SSV integrada na Federação Motociclismo de Portugal. 

Os concorrentes da Promoção Baja & Hobby disputaram um setor seletivo com 166 km. Fábio Matos (Yamaha YZ450F) venceu entre as motos, enquanto Rúben Rodrigues (Yamaha YFZ 450) triunfou entre os quad (3º da geral) e Victor Lopes (Segway Villain SX10) foi o melhor dos SSV (4º de geral).  

Classificação final Autos 
1º João Ferreira/Filipe Palmeiro (Toyota Hilux T1+ Evo), com 5h.37.07,2 
2º Luís Cidade/Valter Cardoso (Can Am Maverick R), a 10m.18,4 (1º SSV) 
3º Daniel Silva/Gonçalo Magalhães (Taurus T3 Max), a 12m.10,1(1º Challenger) 
4º Luís Portela de Morais/Carlos Mendes (Polaris RZR), a 13m.38,6 
5º Michel Van Den Brink/Bart Van Heun (Can Am Maverick R), a 13m,38,7 

Classificação final Motos 
1º Micael Simão (Gas Gas EC 500F), com 5h24.11,2 
2º Bruno Santos (Husqvarna FE450), a 17,3 s 
3º Bernardo Megre (KTM EXC 450), a 1m.07,7 
4º André Sérgio (Beta 480 Race), a 3m.07,1 
5º José Hélio/Pedro Velosa (Can Am Maverick R), a 5m.27,5 (1º SSV) 
9º Tomás Paulo (Yamaha YFZ450R), a 13m.07,6 (1º Quads) 

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