A produção portuguesa “Porta-te bem”, realizada por Joana Alves, venceu o Prémio Onofre para a Melhor Curta-Metragem, na noite de sexta-feira, dia 11 de Julho, na gala de encerramento do 31º Festival de Cinema Ibérico, que decorreu no Teatro López de Ayala, em Badajoz.

O prémio, no valor de 3.000 euros, viabiliza que a curta-metragem vencedora seja candidata direta aos Prémios Goya e Feroz, confirmando o prestígio deste festival no circuito ibérico de curtas-metragens. Esta curta-metragem obteve também o prémio à Melhor Música Original.

A gala encerrou uma edição vibrante, com um júri de alto nível composto, entre outros, pelo realizador português Rui Pedro Sousa.

A diversidade de olhares e estilos refletiu-se também na seleção do público. O Prémio do Público em Badajoz foi para o perturbador “À medida que fomos recuperando a mãe”, de Gonçalo Waddington. Em Olivença, o favorito foi o emotivo “Ne me quitte pas”, de Karim Hoo Do, enquanto em San Vicente de Alcántara, a curta-metragem mais votada foi a comédia “All you need is love”, de Dany Ruz. Por seu lado, o Prémio do Público Infantil foi atribuído a “Lights”, de Aitana Cantero e María Isabel Sáiz, que se ligou às sensibilidades mais jovens com uma história simples e luminosa.

O Prémio Luis Alcoriza do Júri Jóvem, atribuído por um grupo de jovens selecionados pela Academia Europeia e Ibero-Americana da Fundação Yuste, foi para “De Sucre”, de Cláudia Cedó, que também venceu o Prémio de Melhor Interpretação Feminina, atribuído pela AISGE, pelo trabalho da atriz Andrea Álvarez, no papel da deficiente intelectual María.

O cinema catalão também marcou presença nesta edição com El Príncep, de Alex Sardá, que ganhou dois prémios: o Prémio Onofre para Melhor Realizador e Melhor Interpretação Masculina, para Enric Auquer. A curta-metragem recebeu ainda o Prémio AEC de Melhor Fotografia, assinado por Artur-Pol Camprubí.

O Prémio de Melhor Argumento foi atribuído ao cineasta português Gonçalo Almeida, por “Atom & Void”, enquanto o Prémio Alejandro Pachón, de Melhor Música Original, reconheceu o trabalho de Miguel Vilhena também em “Porta-te bem”, reafirmando o domínio do cinema português nesta edição.

Com uma programação cuidada, lotação esgotada e a consolidação de novas vozes, o Festival de Cinema Ibérico de Badajoz reafirma-se como um dos eventos essenciais de curtas-metragens na península e uma ponte entre a Extremadura espanhola, Espanha e Portugal. Esta 31ª edição despede-se celebrando não só os prémios, mas também o compromisso com um cinema que arrisca, entusiasma e transforma.

Prémios do 31º Festival Ibérico de Cinema

Melhor Curta-metragem (Onofre + 3.000 €)

Porta-te bem – Joana Alves (Portugal)

Candidata direta aos Prémios Goya e Feroz

Prémio do Público de Badajoz (Onofre + 1.000 €)

À medida que fomos recuperando a mãe – Gonçalo Waddington (Portugal)

Prémio do Público de Olivença (Onofre + 1.000 €)

Ne me quitte pas – Karim Hoo Do

Prémio do Público de San Vicente de Alcántara (Onofre + 1.000 €)

All you need is love – Dany Ruz

Prémio do Público Infantil (Onofre + 500 €)

Lights – Aitana Cantero e María Isabel Sáiz

Prémio Luis Alcoriza do Júri Jovem

De Sucre – Cláudia Cedó

Prémio A.E.C. à Melhor Fotografia

Artur-Pol Camprubí por El Príncep

Melhor Realização (Onofre)

Alex Sardá por El Príncep

Melhor Argumento (Onofre)

Gonçalo Almeida por Atom & Void (Portugal)

Melhor Interpretação Masculina (AISGE + 500 €)

Enric Auquer por El Príncep

Melhor Interpretação Feminina (AISGE + 500 €)

Andrea Álvarez por De Sucre

Prémio Alejandro Pachón à Melhor Música Original (Onofre)

Miguel Vilhena por Porta-te bem

Prémio Reyes Abades à Melhor Curta-metragem da Extremadura (Onofre) Happy Hour – Nico Romero e Álvaro Monje

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