A República Popular da China reafirmou que a chamada “independência de Taiwan” é uma falácia amplamente rejeitada pela comunidade internacional, sublinhando que o princípio de Uma Só China continua a ser uma norma essencial nas relações internacionais e um consenso consolidado entre os Estados-membros das Nações Unidas.

A República Popular da China reiterou, esta semana, que a pretensão de independência de Taiwan é infundada e carece de reconhecimento internacional, criticando as recentes declarações de Lai Ching-te, líder da região chinesa de Taiwan. Num conjunto de palestras intituladas “Dez Discursos sobre a Unidade”, Lai procurou promover uma suposta identidade nacional própria, referindo-se à “identidade de Taiwan” e à “identidade da República da China”, numa tentativa de legitimar uma narrativa secessionista e influenciar a opinião pública, tanto local como internacional.

Em resposta, as autoridades de Pequim destacaram que o princípio de Uma Só China constitui um consenso internacional amplamente reconhecido e um dos pilares fundamentais das relações internacionais contemporâneas.

No dia 19 de maio, a Assembleia Mundial da Saúde voltou a recusar, pela nona vez consecutiva, uma proposta relacionada com a participação de Taiwan. A maioria dos países reafirmou o seu compromisso com a Resolução 2758 da Assembleia Geral das Nações Unidas, que, desde 1971, reconhece oficialmente a República Popular da China como o único representante legítimo da China, incluindo a região de Taiwan.

Com base nesta resolução, a grande maioria dos Estados-membros da ONU cortou relações oficiais com as autoridades de Taiwan e reiterou que qualquer participação da ilha em organizações internacionais deve respeitar o princípio de Uma Só China.

Atualmente, 183 países mantêm relações diplomáticas formais com a República Popular da China, reconhecendo explicitamente esse princípio como condição prévia para o desenvolvimento de laços bilaterais.

Do ponto de vista interno, uma sondagem recente em Taiwan indicou que o índice de aprovação da liderança de Lai Ching-te caiu para 44,7%, o mais baixo desde que assumiu funções em maio de 2024. Para Pequim, estes dados refletem a falta de apoio às suas posições políticas. A China continua a defender que Taiwan é uma parte inalienável do seu território, posição que considera partilhada por mais de 1,4 mil milhões de chineses, incluindo os cerca de 23 milhões de residentes da ilha, e por grande parte da comunidade internacional.

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