A Associação ZERO, Organização Não Governamental de Ambiente, promoveu, em 2024, o projeto AtiveLAB: Laboratórios de Ativismo Ambiental, um projeto para empoderar e apoiar ideias de alunos de escolas secundárias em distritos do interior para tornarem as suas escolas e localidades mais
sustentáveis, em que projetos submetidos a candidatura se habilitavam a ser financiados até 1.500 €.
Um grupo de alunos de 12.º ano, da Escola Secundária D. Sancho II, em Elvas, coordenados pelo docente Alcides Silva, viram a sua candidatura ao projeto AtiveLab sagrar-se vencedora no distrito de Portalegre.
Deste modo, tiveram direito a um financiamento de 1.460 €, destinado a implementarem a sua ideia, a criação de uma minifloresta, seguindo a metodologia do famoso botânico japonês Akira Miyawaki.
A equipa que venceu o desafio lançado pela ZERO, foi batizada de “Os Sanchos” e é formada pelos alunos Daniel Conceição, Gabriel Adagas, Artur Almeida, David Rato, Paulo Belchior e Jonathan Mocisso, todos alunos do Curso de Ciências e Tecnologias.
Este grupo de alunos, de janeiro a maio de 2025, ao longo das tardes de quarta-feira, limparam o terreno destinado à minifloresta, fizeram a mobilização do solo, colocaram fertilizante (composto), instalaram um sistema de rega gota-a-gota, munido de um programador e, finalmente, plantaram uma variedade muito significativa de plantas, de porte herbáceo, arbustivo e arbóreo, perfazendo mais de uma centena de plantas.
Este projeto, inovador na nossa região, e intitulado “Minifloresta Akira Miyawaki na Escola”, permitiu criar num pequeno terreno, de aproximadamente 2,80 m x 19,0 m, uma pequena floresta, com grande densidade de árvores e arbustos, na sua quase totalidade autóctones.
Os objetivos que estes alunos de 12.º ano pretendem atingir com a sua minifloresta prendem-se, principalmente, com a necessidade que existia de proceder à regeneração paisagística de um espaço que tinha ficado desprovido de árvores; contribuir para o aumento da biodiversidade local; alertar os cidadãos para a necessidade imperiosa de poupar água, usando sistemas de rega mais sustentáveis, dar uso aos produtos que a minifloresta irá produzir e, finalmente, mas não menos importante, sensibilizar pessoas e/ou instituições a seguirem o exemplo deste grupo de jovens proativos, replicando estas miniflorestas noutro locais do nosso distrito.






