O Instituto Politécnico de Portalegre (IPP) vai transmitir técnicas de conhecimento científico e tecnológico aos olivicultores da região Alentejo, através de um projeto que pretende rentabilizar os olivais, foi ontem divulgado.
Denominado “DEMO4inovOLIVE”, o projeto arranca no domingo e vai estar no terreno até ao dia 31 de maio de 2027, contando com um investimento superior a 214 mil euros, financiado em grande parte pelo Programa Regional do Alentejo 2021/2027.
Em declarações à agência Lusa, o professor Francisco Rodrigues, responsável pelo desenvolvimento do projeto, explica que o mesmo parte de um trabalho que já estava a ser promovido pela instituição no âmbito do setor da olivicultura.
O projeto pretende instalar sensores nos olivais, monitorizá-los permanentemente com sondas, colocar estações meteorológicas automáticas e equipamentos de deteção remota ou de acompanhamento em tempo real, com o uso de drones e imagens de satélite, no sentido de evitar pragas e doenças e alavancar a rentabilidade da produção.
“Tudo isto vai ser desenvolvido neste projeto e transferido para o setor olivícola do Alentejo”, disse.
Para passar este conhecimento aos olivicultores, o IPP vai promover ações de demonstração e divulgação em olivais, em parceria com cooperativas, associações e agrupamentos de produtores da região Alentejo.
“Nós vamos ter em cada zona (Alto Alentejo, Alentejo Central e Baixo Alentejo) olivais piloto, onde vão ser instalados os sensores e, em dias que nós determinarmos, as pessoas vão poder visitá-los e ter uma visão global daquilo que é possível hoje em dia fazer num olival, para fazer a monitorização da produção, do desenvolvimento de pragas e doenças”, explicou.
Esta ação, segundo Francisco Rodrigues, vai também permitir ao olivicultor “ter uma atuação mais eficiente” na aplicação de água, nos tratamentos fitossanitários, na adubação e na determinação mais correta do momento de colheita.
Em comunicado, os promotores do projeto sublinham que a transferência de conhecimento científico e tecnológico é direcionada para as variedades portuguesas de oliveiras, nos sistemas tradicional e intensivo, no sentido de “aumentar a sua competitividade”.
“A adoção de tecnologias inovadoras permitirá melhorar a rentabilidade, reduzir custos, aumentar a qualidade da produção e diminuir o impacto ambiental”, acrescentam.
O IPP sublinha também que a transferência de conhecimento vai trazer “benefícios diretos” para a fileira do azeite.
O projeto conta com um investimento superior a 214 mil euros, através do FEDER – Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional – Programa Regional do Alentejo 2021/2027, tendo sido atribuído ao IPP uma verba superior a 181 mil euros.
O restante valor do projeto (15% dos mais de 214 mil euros) será suportado pela instituição de ensino superior.
 
HYT // MCL

Olival Oliveira Azeitonas
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