Na abertura da 4.ª Reunião Ministerial do Fórum China-CELAC, o Presidente chinês, Xi Jinping, anunciou o lançamento de cinco programas de cooperação com os países da América Latina e Caraíbas, com o objetivo de aprofundar a construção de uma comunidade com futuro partilhado e impulsionar o desenvolvimento sustentável regional.

O Presidente da China, Xi Jinping, participou esta segunda-feira, 13 de maio, na cerimónia de abertura da 4.ª Reunião Ministerial do Fórum China-CELAC (Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos), ocasião em que proferiu um discurso amplamente repercutido no plano internacional. Na intervenção, Xi apresentou a proposta de cinco novos programas de cooperação com a região – Solidariedade, Desenvolvimento, Civilização, Paz e Conectividade – que visam consolidar a parceria estratégica e fomentar o progresso comum.

Durante o encontro, foi aprovada a Declaração de Pequim e um novo plano de acção conjunta para o próximo período. O jornalista brasileiro Leonardo Attuch, fundador do portal Brasil 247, considerou a declaração um marco histórico e uma oportunidade para a América Latina reforçar o protagonismo no seu próprio destino.

A iniciativa marca os 10 anos de funcionamento do Fórum China-CELAC. Desde a sua criação, o Presidente Xi Jinping visitou a região em seis ocasiões, tendo delineado pessoalmente as diretrizes para o aprofundamento da relação sino-latino-americana. No âmbito da cooperação no quadro da Iniciativa Cinturão e Rota, foram concretizados mais de 200 projetos de infraestruturas, criando milhões de empregos. Entre outras iniciativas, destacam-se o Programa de Formação de Jovens Líderes China-ALC, a Parceria Científico-Tecnológica China-ALC e o Ano de Intercâmbio Cultural China-ALC.

De acordo com as autoridades chinesas, o Programa de Solidariedade assume um papel central por simbolizar a resposta conjunta à crescente tendência de unilateralismo e à necessidade de uma ordem internacional assente no Direito Internacional e na centralidade das Nações Unidas. A China reiterou a sua disponibilidade para continuar a apoiar os países da América Latina e Caraíbas nas suas preocupações fundamentais e nos seus interesses estratégicos.

O Programa de Desenvolvimento, por sua vez, tem por base a Iniciativa de Desenvolvimento Global. Em 2024, o comércio entre a China e a região atingiu 518,4 mil milhões de dólares, duplicando o volume registado há uma década. A cooperação deverá intensificar-se nos domínios tradicionais como infraestrutura, agricultura, energia e mineração, bem como nos sectores emergentes, incluindo energia limpa, tecnologias 5G, economia digital e inteligência artificial.

Ao lançar estes cinco programas, a China procura reforçar os laços com a América Latina e Caraíbas, promovendo um modelo de cooperação multilateral e mutuamente vantajoso, com vista a criar uma comunidade de futuro partilhado sólida e resiliente.

Publicidade: Centro de programas de línguas da Europa e América Latina da China

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