Através de um Comunicado de Imprensa a QUERCUS, em nome próprio e das Associações Ambientalistas que acompanham os estudos de impacte ambiental da Barragem do Pisão, desmente “notícias que têm circulado na comunicação social” e garante que “Não foi anulada a decisão positiva que travou o avanço da Barragem do Pisão!”.

Transcrevemos na íntegra o texto enviado à redação do Linhas de Elvas / Norte Alentejo.

Comunicado de Imprensa

Não foi anulada a decisão positiva que travou o avanço da Barragem do Pisão!

(Ao contrário das notícias que têm circulado na comunicação social).

Foram, desde quarta-feira, dia 30 de abril, publicadas na comunicação social notícias que avançavam que “o Tribunal de  Castelo Branco (TAF) deu razão aos ambientalistas e anulou a Declaração de Impacto Ambiental, travando o projeto. A APA recorreu da decisão e o mesmo tribunal acabou agora por revertê-la.” O conteúdo dessa notícia não é correto!

A Declaração de Impacto Ambiental (DIA) foi anulada por sentença do Tribunal Administrativo e Fiscal de Castelo Branco (TAFCB), em janeiro de 2025, que condenou a APA – Agência Portuguesa do Ambiente – a averbar no TUA (Título Único Ambiental de setembro de 2022) a sentença de anulação. 

No seguimento, a APA, a CIMAA, os municípios de Portalegre e de Fronteira recorreram da decisão. As associações ambientais  envolvidas no processo – GEOTA, QUERCUS, LPN e ZERO – apresentaram as contra-alegações em abril de 2025.

O TAF de Castelo Branco, em despacho de 30 de abril de 2025, ordenou que o processo fosse para o Tribunal Central Administrativo Sul (TCA Sul) para conhecimento dos recursos sem anular a decisão que deu razão às ONGA na Barragem do Pisão. De facto, ainda não houve mais nenhuma sentença em relação ao assunto.

Estas ONGAs, aliás como parte da sociedade civil, felicitaram a coragem da entidade judicial em colocar os interesses ambientais nacionais e comunitários de especial relevância à frente de outros interesses. Lembramos que vão ser investidos fundos europeus significativos num projeto que não respeita as estratégias e legislação fundamentais europeias, como a Estratégia de Biodiversidade, a Diretiva Quadro da Água, o Regulamento do Restauro da Natureza e o Regulamento do Mecanismo de Recuperação e Resiliência (MRR). Estão em causa danos ambientais significativos e irreversíveis, sem que sejam expectáveis benefícios públicos significativos. A situação mantém-se!

Aguardamos, serenamente, a sentença que será proferida na nova instância do TCA Sul e iremos agir em conformidade.

Lisboa, 2 de maio de 2025

FAPAS – Associação Portuguesa para a Conservação da Biodiversidade | www.fapas.pt  

GEOTA – Grupo de Estudos de Ordenamento do Território e Ambiente | www.geota.pt | Helder Careto | 962602680

QUERCUS – Associação Nacional de Conservação da Natureza | www.quercus.pt | Domingos Patacho | 937515218

SPEA – Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves | www.spea.pt

WWF Portugal | www.wwf.pt 

ZERO – Associação Sistema Terrestre Sustentável | www.zero.ong 

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