Após a segunda semifinal, ficou fechado o alinhamento dos temas que se apresentam na final, a realizar amanhã, dia 8.
Manuel e Vasco Mirante Granate são irmãos, são músicos e têm raízes em Elvas, terra natal da mãe. Os jovens fazem parte da banda musical “Bombazine” que amanhã volta a apresentar-se na grande final do Festival RTP da Canção 2025.

Na grande final de amanhã será escolhido o representante de Portugal no Festival da Eurovisão, que este ano se realiza em Basileia, na Suíça, a 17 de Maio.
O programa, apresentado por Tânia Ribas de Oliveira e Sónia Araújo, vai para o ar às 21h00.
Os 12 temas apurados submetem-se, assim, a nova avaliação do público, que escolherá o representante de Portugal no Festival.
Está nas suas mãos a eleição final. E porque não votar nos “Bombazine” com o tema “Apaga Tudo”?

Carregue no link e oiça a música
https://youtu.be/hBgtrrfGrlE?si=iCI-HC6fVAIJHoNr
Os finalistas
Na segunda semifinal do Festival da Canção 2025, que aconteceu na passada semana, foram estes os seis escolhidos: Fernando Daniel, Bombazine, HENKA, emmy Curl, Diana Vilarinho e Napa.
Juntam-se assim, aos seis que já tinham sido selecionados na primeira semifinal: Jéssica Pina, com Calafrio; Josh, por Tristeza; Marco Rodrigues e A Minha Casa; Bluay, com Ninguém; Margarida Campelo e Eu Sei que o Amor; e Peculiar, com Adamastor.
O júri desta edição do Festival é constituído por Iolanda (que venceu no ano passado), Tiago Nacarato, Kady, Miguel Ribeiro, Fábia Rebordão, Martim Sousa Tavares e Margarida Pinto Correia. Dez dos finalistas foram escolhidos entre os votos dos jurados e do público (cada uma das partes tem 50% do pesoa da decisão final). Já as restantes duas canções foram selecionadas de forma exclusiva pelo voto popular.
Além das canções a concurso, em palco esteve também uma homenagem Duarte Mendes, vencedor do Festival da Canção 1975 e candidato português no Festival da Eurovisão da Canção em 1975, o primeiro depois do 25 de abril. Os Assessores — grupo de músicos que habitualmente atua ao vivo com Sérgio Godinho — estiveram em palco com Sara Correia, Ana Bacalhau e Selma Uamusse.
Na primeira semifinal, foram os Fogo Fogo que invocaram o legado do músico e compositor Jorge Fernando, que este ano cumpre o 50.º aniversário de carreira. Interpretaram uma versão de Umbadá, que ficou em quarto lugar no Festival de 1985 (vencido por Adelaide Ferreira, com Penso em Ti (Eu Sei)):
A final do Festival da Canção acontece este sábado, dia 8 de março. Será então escolhido o tema que vai representar Portugal na Eurovisão, que este ano acontece em Basileia, na Suíça — semifinais a 13 e 15 de maio, grande final a 17.
Dos 20 temas a concurso neste 59.º Festival da Canção, 14 resultaram de convites feitos pela RTP, enquanto 6 foram escolhidos de entre as submissões livres. No ano passado, Iolanda foi a representante portuguesa na Eurovisão. A canção Grito ficou em 10.º lugar.
Estas são as 12 canções apuradas para a final:
“Apago Tudo”
Bombazine
Filipe Andrade, Manuel Figueiredo , Manuel Granate, Manuel Protásio e Vasco Granate — eis, os Bombazine, distribuídos respetivamente pelo baixo, teclas, bateria, guitarra e voz/guitarra. Os temas que compuseram nos últimos três anos foram mostrando as influências da indie pop e do rock e em 2023 lançaram o EP de estreia, Grã-Matina, num trabalho produzido por João Sampayo. No ano passado, voltaram a estúdio e lançaram “Cartago”, “Pouca Dura” e “Continuar Assim”, singles do primeiro álbum da banda, o “Samba Celta”.
“Medo”
Fernando Daniel
Chegou à semi-final desta edição do Festival da Canção muito longe de ser um perfeito desconhecido do público. Fernando Daniel é um artista com uma sete anos de carreira e que soma 100 milhões de visualizações no YouTube, mais de 50 milhões de streams no Spotify e com perto de 400 atuações ao vivo. Além de uma já extensa lista de prémios, atingiu a marca de Disco de Ouro com o seu segundo álbum “Presente”.
“Rapsódia da Paz”
emmy Curl
Artista dos sete ofícios — é multi-instrumentista, compositora, produtora, artística plástica e 3D, realizadora de vídeos e canta-autora —, emmy Curl (assim mesmo, de grafia criativa) lançou “Ether”, o seu primeiro trabalho, que gravou e produziu, com 15 anos. Seguiu-se uma primeira participação no Festival da Canção, em 2018 (com um segundo lugar e a votação preferencial do júri). Regressa, agora, a uma final, com uma tema que alia a música tradicional ao jazz moderno e à dream pop.
“Cotovia”
Diana Vilarinho
Aos 27 anos, Diana Vilarinho conquistou a Grande Noite do Fado em 2008, além de ter participado em festivais daquele género musical. Canta habitualmente em várias Casas de Fado. Em 2021, lançou o seu primeiro álbum, que contou com a produção do também fadista Ricardo Ribeiro, e contou um música escrita e composta por Carminho. Com a canção Cotovia, foi escolhida através da livre submissão de canções.
Deslocado
Napa
NAPA é uma banda originária da Madeira e que é composta por quatro amigos, que aposta num estilo pop romântico, mas que tenta sempre ir além disso. Em 2019, gravaram o seu primeiro disco e quatro anos depois, o segundo álbum. O ano passado foi de consolidação para a banda, que teve a sua primeira digressão nacional com dezenas de salas esgotadas. Estão agora a preparar o terceiro disco.
“I wanna destroy you”
HENKA
HENKA já passou pelo Femme Festival, em Londres, e as suas canções já foram adicionadas a playlists oficiais do serviço de streaming Apple Music. Com um visual arrojado e uma produção vibrante, a cantora tem como influências Charli XCX, Nine Inch Nails e Bring Me the Horizon e aposta num estilo musical que combina o pop, o industrial e o rock contemporâneo.
“Calafrio”
Jéssica Pina
Tem percurso feito entre os palcos e os discos. Da formação no jazz, entre o canto e o trompete, às canções de abordagem declaradamente pop, passando por colaborações com nomes ligados à tradição da música angolana e de Cabo Verde (países por onde passou a história da família da artista), Jéssica Pina é nome com carreira firmada — e que passou também pela digressão Madame X, de Madonna. A canção Calafrio foi composta com Tomás Marques.
“Tristeza”
Josh
É um dos participantes cuja canção foi selecionada a partir do sistema de livre submissão (ou seja, não foi um dos convidados diretos pela RTP para participar no festival). Tem 22 anos, é natural de Cascais, diz ter no R&B e no fado duas das suas linguagens criativas de referência. Participou no The Voice, concurso de talentos da RTP. A canção Tristeza foi composta com João Gaspar.
“A Minha Casa”
Marco Rodrigues
Um dos mais populares fadistas contemporâneos, Marco Rodrigues ganhou a Grande Noite do Fado em 1999; estreou-se nos discos em 2006, com o álbum Fados da Tristeza Alegre; participou no Festival da Canção em 2008, com Em Água e Sal (3.º lugar); foi nomeado para um Grammy Latino em 2017; é presença regular na Adega Machado, em Lisboa. A canção A Minha Casa foi composta com Tiago Machado.
“Ninguém”
Bluay
Bluay é José Carlos Coelho Almeida Tavares, o percurso tem seguido um formato clássico do século XXI: canções escritas e gravadas em modo doméstico, aposta nas redes sociais como método de distribuição, atenções conquistadas que resultam em colaborações (a que assinou com Julinho KSD é a mais recente, no tema Faz Bem, do ano passado) e a R&B e referências africanas como expressões primeiras na hora de escrever e interpretar. A canção Ninguém foi composta com Murta.
“Eu Sei que o Amor”
Margarida Campelo
Do Conservatório à Escola Superior de Música ao Hot Clube; do trabalho feito com Bruno Pernadas, Minta & The Brook Trout, Joana Espadinha ou Cassete Pirata à estreia a solo, com o álbum Supermarket Joy, de 2023; das aulas onde é professora à concorrida agenda de concertos; do domínio da técnica à canção como resposta instintiva, Margarida Campelo é nome inevitável na música portuguesa da atualidade. A canção Eu Sei que o Amor foi composta com Ana Cláudia e Beatriz Pessoa.
“Adamastor”
Peculiar
João Nicolau Quintela é Peculiar, que diz procurar o cruzamento entre referências da música portuguesa — como José Afonso ou Madredeus — com as inspirações urbanas por entre as quais se move e a pop contemporânea como a de Rosalía. É o autor da letra e da música de Adamastor.
