O ministro da Agricultura, José Manuel Fernandes, disse hoje estar “convencido” que a construção da Barragem do Pisão, no Crato, vai avançar, apesar da decisão judicial que anulou a Declaração de Impacte Ambiental (DIA) do projecto.

“Eu estou convencido que o recurso que a Agência Portuguesa do Ambiente fizer permitirá que a obra possa prosseguir e, portanto, neste momento, há aqui uma decisão que estou convencido que pode é atrasar a obra, mas ela há de ser feita”, referiu.

O ministro da Agricultura, que falava aos jornalistas no final de uma visita à Escola Superior de Biociências de Elvas, afirmou ainda que respeita a decisão do Tribunal Administrativo e Fiscal de Castelo Banco (TAFCB), embora lamente o atraso na obra que a decisão judicial possa vir a provocar, sendo “um prejuízo” para o País.

“Tivemos barragens que demoraram cinco anos para poder avançar, mas foram concretizadas, agora um atraso é sempre um prejuízo para o País. Estou convicto que a obra vai avançar respeitando, obviamente, a legislação, respeitando o ambiente, respeitando as decisões dos tribunais e a legalidade”, salientou.

José Manuel Fernandes recordou ainda que o Empreendimento de Aproveitamento Hidráulico de Fins Múltiplos do Crato, também conhecido por Barragem do Pisão, é uma obra financiada pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).

“[A decisão do tribunal e eventual demora na concretização da obra] pode pôr em risco os 141 milhões de euros que são do PRR e isso, depois, pode atrasar e será aí um prejuízo maior para Portugal. Mas, o Governo já assumiu que, independentemente de ser com PRR ou outro financiamento, a obra é para avançar”, garantiu.

O ministro da Agricultura acrescentou que a Barragem do Pisão é “extremamente importante” para a economia, competitividade, coesão territorial e agricultura, sublinhando também tratar-se de um investimento essencial do ponto de vista ambiental, nomeadamente para a manutenção de caudais ecológicos.

HYT // VAM
Lusa

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