O primeiro-ministro, Luís Montenegro, garantiu que está a ser preparado pela Proteção Civil um plano para “atenuar” os picos de chuva e as possibilidades de cheias que podem vir a ocorrer no Algarve e no Alentejo.
“Nós estamos, no Algarve, na zona do país onde há mais dificuldade em captar e reter água, nós hoje estamos com inundações no Algarve, e vamos estar nos próximos dias”, alertou.
“Estamos, de resto, a preparar todo o nosso sistema de Proteção Civil para poder atenuar no Algarve e no Alentejo os picos de chuva e as possibilidades de cheia que estão perspetivadas poderem ocorrer nos próximos dias”, acrescentou.
O chefe do Governo falava no decorrer das comemorações dos 100 anos da fundação da Empresa das Águas Alcalinas Medicinais de Castelo de Vide.
O centro e o sul do país deverão ser particularmente afetados por agueiros fortes de granizo, acompanhados de trovoada, nos próximos três dias, segundo um alerta da Proteção Civil, para a possibilidade de fenómenos extremos de vento.
Com base nas previsões do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), a Proteção Civil emitiu um aviso à população segundo o qual se espera “maior potencial de severidade” no baixo Alentejo e no Algarve.
Face às previsões, a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil alertou para a possibilidade de inundações em zonas urbanas, cheias provocadas pelo transbordo de rios e ribeiras e derrocada de terras.
Há também a possibilidade de contaminação de água potável por “inertes resultantes de incêndios rurais”.
O arrastamento para as estradas de objetos soltos, ou desprendimento de estruturas móveis ou deficientemente fixadas, por efeito do vento forte pode “causar acidentes com veículos em circulação” e peões na via pública, especificou a Autoridade, em comunicado.
No Algarve, a chuva intensa que caiu de manhã durante cerca de 20 minutos alagou estradas em Moncarapacho, no concelho de Olhão, e caves e lojas na baixa de Albufeira, disse à Lusa fonte da Proteção Civil.
Albufeira foi o concelho do distrito de Faro onde se registou o maior número de ocorrências, das quais cinco na via pública, seguindo-se Moncarapacho, mas nenhuma delas com gravidade.
HYT (MCA AH/JPC) // SF

