A Direção Regional do Alentejo (DRA) do PCP considerou que a proposta do Governo para o Orçamento do Estado para 2025 (OE2025) “ignora” a região “e os seus problemas”, nomeadamente nas áreas da saúde e da ferrovia.
“A proposta de Orçamento de Estado para 2025 ignora o Alentejo e os seus problemas”, pode ler-se num comunicado divulgado pela estrutura regional do PCP.
Segundo os comunistas, a proposta do OE2025 apresentada apelo Governo do PSD/CDS-PP não dá “resposta a problemas estruturais de âmbito nacional”, como “salários, pensões, habitação, saúde, educação”, e também não tem inscritos “investimentos essenciais ao desenvolvimento” do Alentejo.
“À semelhança da prática do anterior Governo do PS, o Governo PSD/CDS confirma a falta de vontade destes partidos em enfrentar seriamente os problemas da região, em concretizar as infraestruturas indispensáveis para a melhoria da qualidade de vida e para a promoção do seu desenvolvimento”, pode ler-se no comunicado.
A saúde é uma das áreas a que alude a estrutura regional comunista, como tendo sido ‘esquecida’ no OE2025, nomeadamente no que respeita à “ampliação do Hospital Distrital de Beja, que apenas se fica pelas diligências, não sendo neste momento claro até que ponto se poderá concretizar as obras de ampliação”.
A DRA do PCP criticou ainda a ausência de resposta “à falta gritante de médicos de família um pouco por toda a região e de financiamento para a beneficiação geral dos centros de saúde e de outras infraestruturas hospitalares, como é o caso da ampliação do Hospital Distrital de Portalegre”.
“A falta de verbas para a conclusão do Hospital Central do Alentejo, em Évora, designadamente no que respeita à construção de acessos, infraestruturas básicas e aquisição de equipamentos”, também não foi esquecida pelos comunistas.
Segundo a DRA, esta falta de verbas pode “provocar novos atrasos no já repetido adiamento da abertura” do Hospital Central do Alentejo ou pode vir a “justificar tentativas de alterar o modelo de gestão do novo hospital, beneficiando os interesses dos grandes grupos económicos do negócio da doença”.
O PCP argumentou ainda que “a situação na ferrovia continua a marcar passo”.
“Por mais promessas que os governantes que visitam a região façam, já mil vezes ouvidas, a verdade é que se mantêm e aprofundam os atrasos no inicio das obras de eletrificação e modernização da linha entre Casa Branca e Beja”, exemplificou.
O projeto de eletrificação desta linha “continua a não incluir a ligação ao aeroporto”, acrescentou, referindo que também continua “sem se saber quando se avança com a reposição e a modernização da linha entre Beja e Funcheira, obra fundamental para uma ligação direta a Faro e para potenciar a atividade económica no Baixo Alentejo”.
“E, finalmente, continuam a ser ignoradas as reivindicações das populações relativamente à linha Sines-Caia, de modo a que esta garanta também o transporte de passageiros e que o transporte de mercadorias seja interligado com as potencialidades da região”, pode ler-se.
A Direção Regional do Alentejo do PCP, além de defender o aproveitamento do Aeroporto de Beja e de abordar outras matérias, considerou que, ao nível da rodovia, “as obras que estão previstas não correspondem ao necessário e, mais uma vez, atrasam antigas e justas reivindicações das populações”, como são os casos do IP2, do IC33 e do IP8.

RRL // JPS

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