O alerta, “O Alentejo não se troca nem se vende”, surgiu por parte Associação de Desenvolvimento Local Terras D’Ossa uma vez que “o governo pretende ceder aos interesses económicos e permitir a exploração de ouro nos concelhos de Montemor-o-Novo, Vendas Novas, Évora e Viana do Alentejo”. 

A petição quer evitar a abertura de “crateras gigantescas, desfigurando a região e devastando biodiversidade única”: “Não vamos permitir isso. Nós Alentejanos residentes, somos mais de 300.000, mas somos muitos mais por esse mundo fora. Vamos lutar até ao fim e muito ouro que exista, nada justifica a sua exploração”.

Sob o lema “O Alentejo é uma jóia única, vamos mantê-lo assim”, a Terras D’Ossa agradece a assinatura da petição em https://aquimeradoouro.pt/

Leia aqui a proposta:

“Em 16 de setembro de 2022, a “Sociedade E79 Portugal Unipessoal Lda, número único de pessoa coletiva e de matrícula 516 707 973, com o capital social de € 500,00 (quinhentos euros) e com sede na Rua da Lobata, Número 13, 2.° Dto, 7800-463 Beja, (…) concelho de Beja, (…) vem requerer a V. Exa atribuição dos direitos de prospeção e pesquisa (PP) de depósitos minerais de cobre, chumbo, zinco, ouro e prata para uma área (…) de 447,5km2, situada nos concelhos de Montemor-o-Novo, Évora, Viana do Alentejo e Vendas Novas.”

“O proprietário final de 100% da E79 Portugal Lda. é a Ropa Investments (Gibraltar) Ltd. A Ropa Investments tem capacidade financeira para financiar os programas de trabalho previstos da E79 Portugal Lda.”

É isto que a Direção-Geral de Energia e Geologia agora traz a consulta pública, solicitando respostas até dia 25 de outubro de 2024.

Infelizmente, a questão é recorrente. E sê-lo-á sempre que o preço do ouro nas Bolsas internacionais estiver em alta. E desaparecerá mal os investidores que esperam lucrar com o negócio achem que os valores de mercado não são apetecíveis.

Desta vez, 500 euros pagariam as dívidas e os prejuízos de uma provável retirada estratégica”.

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