Uma funcionária da empresa que trata dos resíduos urbanos no Baixo Alentejo encontrou um envelope com notas quando procedia ao habitual serviço de triagem de lixo. A mulher acabou por ser despedida, depois de ter ficado com os 1620 euros que encontrou enquanto trabalhava.
O caso ocorreu em Dezembro de 2022. A mulher guardou o achado no bolso e, mais tarde, mostrou o maço de notas aos colegas.
No dia seguinte, a dona do dinheiro contactou a empresa a perguntar se tinham encontrado um envelope com dinheiro no meio do lixo.
Perante isto, o chefe ordenou que a funcionária devolvesse o conteúdo do envelope, mas esta recusou.
Após a insistência do superior hierárquico, a mulher acabou por mentir ao dizer que já tinha feito a devolução. Seguiu-se a abertura de um processo disciplinar e a mulher acabou despedida por justa causa.
A trabalhadora da empresa que trata os resíduos urbanos no Baixo Alentejo impugnou o despedimento e perdeu na primeira instância. Depois, a mulher recorreu para o Tribunal da Relação de Évora. No entanto, nada feito, já que agora os desembargadores voltaram a dar razão à empresa.
Ao longo de todo este processo, a mulher acabou por devolver as notas a quem reclamou o dinheiro, mas isso não lhe valeu perdão. Ficou sem os 1620 euros achados no lixo e perdeu o emprego por desobedecer e por mentir.
O Tribunal da Relação de Évora confirmou o despedimento da funcionária argumentando que tal decisão “resulta da quebra de confiança entre a entidade empregadora e a trabalhadora em causa”.
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