Uma professora da Escola Secundária de São Lourenço, em Portalegre, terá abandonado três alunas, menores de idade, no aeroporto de Lisboa. Segundo noticia a Rádio Portalegre, as estudantes embarcaram no avião, sozinhas, rumo a Bruxelas, enquanto a docente ficou em terra.

De acordo com uma denúncia recebida na redação daquela emissora portalegrense, o caso remonta ao passado dia 1 de julho deste ano, quando a professora e as três alunas se deslocaram com destino ao aeroporto Humberto Delgado para posterior viagem rumo à capital Belga.

No aeroporto, e após o “check in”, a professora terá entregue os cartões de embarque às três alunas, encaminhando as mesmas para a porta de embarque.

As três estudantes ficaram sozinhas, enquanto a docente se deslocou a uma loja dentro do aeroporto, perdendo a noção do tempo.

A professora acabou por perder o avião e as alunas embarcaram com destino a Bruxelas, onde estiveram 24 horas “por sua conta e risco”, uma vez que a professora só conseguiu um voo no dia seguinte.

Os encarregados de educação, após tomarem conhecimento da gravidade da situação, contactaram imediatamente a professora, resultando destas acções “poucos esclarecimentos e ânimos exaltados de ambas as partes”.

A directora da Escola Secundária de São Lourenço, Graça Sousa, é acusada de “esconder e desvalorizar” a situação, “desconsiderando a angústia dos pais das menores e não se dignou a fazer um pedido de desculpas público”, referem os progenitores.

A viagem a Bruxelas foi um prémio em “cidadania e desenvolvimento” na categoria 3º ciclo, atribuído pela Fundação Mário Soares ao trabalho “Ser Mulher, Resistência e Liberdade”.

Alunas não “estiveram 24 horas por sua conta e risco”

Entretanto Ana Margarida Mendes Dias, professora da Escola Secundária Carlos Amarante, esclareceu ao nortealentejo.pt que as alunas não “estiveram 24 horas por sua conta e risco”, como vem referido no corpo da notícia.

A docente, em missiva enviada a esta redacção, refere que “os professores acompanhantes dos grupos e representantes dos grupos das outras escolas que foram receber o prémio, assim como a equipa promotora do prémio, acompanharam as alunas” […] como professora acompanhante dos alunos da Escola Secundária Carlos Amarante, Braga, integramos as referidas alunas no nosso grupo, não as deixando nunca sozinhas, como é natural. Outros professores também prestaram o seu apoio e todos tentamos minimizar a situação, pelo que é incorreto e injusto dizer que “estiveram 24 horas por sua conta e risco”.

As alunas embarcaram, portanto, sozinhas com destino a Bruxelas, uma vez que a professora só conseguiu um voo no dia seguinte.

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