A população de São Vicente, no concelho de Elvas, está em choque e espera que as autoridades averiguem a ocorrência, na localidade, de um “acto bárbaro” com requintes de malvadez.
A notícia da alegada tortura de uma galinha, que terá tido depenada viva antes de ser decapitada, causou repulsa e indignação geral. O gesto “repugnante” foi alegadamente praticado “por um jovem, ou jovens, que já são homens, uma vez que têm mais de 20 anos”, no seio de um grupo que terá “achado graça a uma tremenda estupidez”, comenta-se em São Vicente.
Os populares que dizem “saber muito bem quem praticou tal barbaridade” não apresentaram queixa por respeito às famílias dos jovens, e por não quererem gerar anti corpos e conflitos entre vizinhos. Todavia, alimentam a esperança de que o assunto “chegue junto das autoridades competentes, confiando que venham a atuar com mão pesada e de forma dissuasora”.
A descrição do animal a ser depenado vivo, em extremo sofrimento, e depois a ser-lhe “torcido o pescoço e arrancada a cabeça”, empurra a atitude para o campo da delinquência.
Este não é um ato isolado em São Vicente. Episódios de agressões a animais e “verdadeiros assassinatos recorrentes”, com cães e gatos a aparecerem mortos a tiro ou envenenados, são notícia frequente, com os praticantes a ficarem impunes “sem que ninguém possa fazer nada, porque sabem atuar sem ser vistos”.
Algo que parece estar a ficar em desuso, já que a morte da infeliz galinha terá sido um espetáculo público com risos à mistura. Faltaram os aplausos. Talvez estejam reservados para a próxima, se ninguém os punir.
