Os trabalhadores da fábrica Hutchinson, em Campo Maior, que produz borrachas para a indústria automóvel, já iniciaram a greve de 24 horas, que arrancou ontem às 22 horas, para reivindicar aumentos salariais.
Eduardo Florindo, dirigente do Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, Energia e Actividades do Ambiente do Sul (SITE Sul), explicou que em plenário, “os trabalhadores decidiram avançar com essa forma de luta porque a empresa, até ao presente, ainda não respondeu às propostas do caderno reivindicativo que foi apresentado, nomeadamente o aumento do salário”, disse.
Nesta fábrica, segundo o dirigente sindical, trabalham cerca de 525 pessoas (efetivos), mais cerca de 200 trabalhadores em regime de trabalho temporário.
Além de reivindicarem o aumento salarial, os trabalhadores reclama a atualização do subsídio de refeição, aplicação de diuturnidades, pagamento das horas efetuadas aos sábados e dias feriados como trabalho suplementar e a atribuição do dia de aniversário.
O dirigente do SITE Sul recordou que esta é a “primeira vez” na história daquela unidade que os trabalhadores decidiram avançar com uma greve.
“Há uma outra questão que está a indignar os trabalhadores. A empresa marca faltas injustificadas por tudo e por nada, até mesmo quando estão de baixa”, argumentou o dirigente sindical.
De acordo com Eduardo Florindo, “o trabalhador está de baixa, vai ao médico, não comunica à empresa que vai renovar a baixa, envia só depois de o médico ter passado [o documento] e a empresa marca falta injustificada”.





