A Concelhia de Évora do PSD manifestou-se hoje indignada com a suspensão do funcionamento noturno do helicóptero local do INEM por entender que “coloca em causa a assistência de emergência e o transporte entre hospitais”.
“É completamente inaceitável a redução da operacionalidade do helicóptero do INEM na nossa região”, afirmou Henrique Sim-Sim, presidente desta concelhia partidária e vereador ‘laranja’ na Câmara de Évora, citado num comunicado enviado à agência Lusa.
Na nota de imprensa, a estrutura disse estar “indignada” com a situação e indicou ter enviado uma carta, na semana passada, ao presidente do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) para dar conta da sua insatisfação.
“O facto de estarmos sem o serviço do helicóptero durante a noite entre janeiro e junho coloca em causa a assistência de emergência e o transporte entre hospitais dos nossos concidadãos”, alertou.
O PSD de Évora lembrou que “o INEM refere que, neste período, as respetivas equipas médicas garantirão a operacionalidade de duas viaturas médicas de emergência e reanimação (VMER)”, mas criticou o instituto por esquecimento ou desconhecimento.
As viaturas de Évora, salientaram, encontram-se “muito desgastadas e já estiveram inoperacionais por duas vezes nos últimos meses”.
Na carta que enviou ao presidente do INEM, os sociais-democratas questionaram o responsável sobre se pode garantir que os doentes críticos da região serão devidamente assistidos e transportados durante o período noturno.
Outra das questões colocadas foi se tem conhecimento do estado de degradação das VMER de Évora, as quais têm entre os 15 e 20 anos e mais de 500 mil quilómetros, e se está prevista a sua substituição a breve prazo.
Dois dos quatro helicópteros de emergência médica ao serviço do INEM, concretamente os estacionados em Viseu e em Évora, deixaram de operar à noite, desde do dia 01 deste mês, anunciou o Ministério da Saúde, no final de dezembro passado.
Nessa altura, em declarações à Lusa, o presidente do INEM, Luís Meira, afirmou que “a situação se deve manter no máximo durante seis meses”.
Já os outros dois helicópteros, baseados em Macedo de Cavaleiros e Loulé, continuam a operar 24 horas por dia, segundo o mesmo responsável.
Em Viseu e Évora, nos períodos noturnos, “as respetivas equipas médicas garantirão a operacionalidade de duas” VMER.
O INEM salientou que o dispositivo está 100% operacional no período diurno e explicou que o ajuste resulta de, numa consulta de mercado, o instituto só ter recebido duas respostas, uma delas com a solução que se vai implementar a partir de janeiro.
Na sequência da suspensão noturna do helicóptero do INEM, também o vice-presidente da Câmara de Évora, Alexandre Varela, eleito pela CDU, já tinha manifestado à Lusa “bastante preocupação”.
“Vemos a situação com bastante preocupação, como é evidente, porque, no limite, poderá estar em causa a celeridade com que se chega a um determinado local para salvar uma vida humana”, argumentou.

Carregar mais artigos relacionados
Carregar mais artigos por Redacção
Carregar mais artigos em Destaque Principal

Veja também

Alunos da Universidade Sénior de São Vicente e Santa Eulália foram celebrar o São Martinho a Estremoz

Os alunos da disciplina de Música da Universidade Sénior de São Vicente e Santa Eulália ce…