Os dados económicos oficiais da China relativos a agosto, divulgados na passada sexta-feira (dia 15), corroboram a enorme atração do mercado de consumo chinês para o mundo. Em agosto, o total das vendas a retalho de bens de consumo na China cresceu 4,6% em termos anuais, acelerando 2,1 pontos em relação ao mês anterior. Os meios de comunicação social estrangeiros prestaram atenção à boa recuperação económica da China, dizendo que “excedeu as expectativas”.

Por detrás destes dados, está a apetência do mundo por oportunidades de negócio. Este ano, a recuperação económica mundial é fraca e as principais economias sofrem os efeitos das políticas de contração.

Contudo, a economia da China tem resistido à pressão, mantendo uma recuperação sustentada, e assim continuando a ser um importante motor do crescimento económico mundial.

Há várias razões que justificam a aposta no mercado chinês, a começar pelos dados económicos relativos ao mês de Agosto findo.

No mês passado, os chineses viajaram cada vez mais e o consumo de serviços de restauração, alojamento, transportes e outros serviços, continuou a aumentar. Ao mesmo tempo, o consumo digital e o consume ecológico tornaram-se, gradualmente, novas tendências no país.

A taxa de retorno do investimento estrangeiro da China cifra-se em 9,1% nos últimos cinco anos – muito superior aos cerca de 3% registados na Europa e nos Estados Unidos e aos 4% a 8% registados noutras grandes economias emergentes, de acordo com os cálculos oficiais chineses.

Vejamos dois exemplos: a superfábrica da Tesla em Xangai foi responsável por metade das entregas mundiais no ano passado, produzindo um carro elétrico a cada 40 segundos; a Starbucks abriu 6.500 lojas na China, abrindo uma nova loja a cada nove horas.

Alguns analistas salientaram que a China tem um grupo de rendimento médio em grande escala, o que significa que existem enormes oportunidades potenciais em áreas de consumo – como, por exemplo, os automóveis e os produtos farmacêuticos.

A transformação e a modernização do consumo na China correspondem à modernização da oferta. E a inovação tecnológica da China proporciona às empresas multinacionais facilidades em I&D (Investigação e Desenvolvimento), pelo que se regista um número cada vez maior de empresas estrangeiras a instalarem aqui os seus centros de investigação.

O enorme mercado chinês, o ecossistema industrial completo e a rica reserva de talentos são fatores importantes neste contexto.

Para as empresas multinacionais, a estabilidade das expectativas é muito importante num contexto de crescente instabilidade, incerteza e imprevisibilidade no mercado internacional. O objetivo de crescimento da economia chinesa para este ano é de cerca de 5 por cento. Mas o Banco Mundial, a OCDE e o Fundo Monetário Internacional prevêem que a economia chinesa cresça este ano 5,6%, 5,4% e 5,2%, respetivamente.

Segundo os dirigentes chineses, a economia continuará a emergir e a “China em movimento” trará mais ímpeto de desenvolvimento mundial.

Publicidade: Centro de programas de línguas da Europa e América Latina da China

Foto: Linhas de Elvas

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